Acúmulo de fertilizantes nos portos de Santos e Paranaguá sinaliza nova queda de preço
Putin disse, em março, que sanções à Rússia aumentariam preços de fertilizantes e alimentos no mundo; agora estoques de Paranaguá e Santos estão cheios após importações recordes
O excesso de fertilizantes nos maiores portos brasileiros sinaliza que o preço dos insumos pode ter que cair ainda mais antes que os agricultores comecem a comprar.
Em Paranaguá, os armazéns particulares atingiram sua capacidade máxima de armazenamento de 3,5 milhões de toneladas, segundo relatou à Bloomberg Luiz Teixeira da Silva, diretor de operações da Paranaguá.
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Um terminal operado pela VLI Logística, um dos dois do porto de Santos que armazenam fertilizantes, também está lotado, segundo a Bloomberg.
Os preços dos fertilizantes atingiram recordes depois que a guerra na Ucrânia provocou temores de escassez. O Brasil importa cerca de 85% de seus fertilizantes e a Rússia é a principal origem.
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À medida que a oferta se normalizou, os preços caíram nas últimas semanas, mas os agricultores ainda não estão comprando. Eles estão esperando por mais cortes de preços, de acordo com Marina Cavalcante, analista da Green Markets da Bloomberg.
“Os agricultores têm a expectativa de que os preços continuem caindo após as quedas na semana passada e na anterior”, disse a analista. “Então eles vão esperar por mais reduções para comprar.”
O Brasil é o maior exportador mundial de várias culturas, incluindo soja. Os agricultores podem adiar suas compras até a véspera da semeadura da soja em setembro. Mas se todos eles esperarem demais, uma corrida de última hora pode levar a gargalos no transporte terrestre que podem deixar alguns deles de mãos vazias.
Com agência de notícias.