Afundamento do solo continua e Maceió segue em alerta máximo por risco iminente de colapso da mina da Braskem (BRKM5)

A superfície cede em uma velocidade vertical de 0,7 cm por hora; risco de colapso da mina da Braskem é iminente

Moradores tiveram de abandonar suas casas. (Foto: Gésio Passos/Agência Brasil)
Moradores tiveram de abandonar suas casas. (Foto: Gésio Passos/Agência Brasil)

Em boletim publicado às 9h deste domingo (3), a Defesa Civil de Maceió informou que a velocidade vertical de afundamento do solo tem se mantido constante em 0,7 cm por hora. Nas últimas 24 horas foram registrados 10,8 cm de deslocamento.

O afundamento ocorre principalmente no bairro Mutange, onde está localizada a mina número 18 de exploração de sal-gema pela empresa Braskem (BRKM5). A defesa civil informou que segue em alerta máximo pelo risco de colapso iminente desta mina. 

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“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforçou o órgão na nota.

Abalos sísmicos constantes

Na madrugada do sábado (2), um novo abalo sísmico, com magnitude 0,89, foi registrado a 300 metros de profundidade, havia informado a defesa civil mais cedo. 

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O abalo foi mais intenso do que o registrado na noite de sexta-feira (1º), mas a Defesa Civil registrou uma diminuição na velocidade de afundamento de terra na mina 18, que desde a manhã passou a ser de 0,7 cm por hora. Durante a semana, o afundamento chegou a 50 cm por dia.

O problema ocorre principalmente na área do antigo campo de treinamento do clube de futebol CSA, no Mutange. Três sensores no local continuam apresentando alertas de movimentação.

Na sexta (1º), a Braskem confirmou que pode ocorrer um grande desabamento na área. É possível também que a área da mina se acomode e estabilize o afundamento, segundo a empresa. 

Colapso da mina é iminente

Desde o fim da semana existe a expectativa por parte dos órgãos de Defesa Civil de que a cavidade da mina 18 entre em colapso a qualquer momento. A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos abalos sísmicos devido à movimentação da Mina 18 da Braskem. 

A prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso da mina 18, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. O governo federal também reconheceu o estado de emergência na capital alagoana. 

Em nota, a Braskem disse que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências e que a área está isolada desde terça-feira (28). A empresa ressalta que a região está desabitada desde 2020.

“Referido monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas como as que estão sendo adotadas no presente momento”, disse a empresa.

Com informações da Agência Brasil

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