Alimentação, moradia e educação ficaram mais caras, segundo indicador oficial de inflação

Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA, indicador oficial de inflação, cinco tiveram aceleração na passagem entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022

IGP-10 traz dados da inflação de setembro (Foto: Getty Images)
IGP-10 traz dados da inflação de setembro (Foto: Getty Images)

Das nove classes de despesas usadas para cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do governo, cinco tiveram aceleração na passagem entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA geral passou de 0,73% em dezembro para 0,54% em janeiro, a maior taxa para o mês desde 2016 (1,27%).

Foram observadas taxas maiores de inflação, na passagem entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, em alimentação e bebidas (de 0,84% para 1,11%), habitação (de 0,74% para 0,16%), despesas pessoais (de 0,56% para 0,78%), educação (de 0,05% para 0,25%) e comunicação (de 0,34% para 1,05%).

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Por outro lado, foi observada taxa menor em artigos de residência (de 1,37% para 1,82%), vestuário (de 2,06% para 1,07%), transportes (de 0,58% para -0,11%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,75% para 0,36%).

Entre as classes de despesas, o maior impacto veio de alimentação e bebidas, com alta de 1,11% e 0,23 ponto percentual na formação do índice. A alimentação no domicílio passou de alta de 0,79% em dezembro para 1,44% em janeiro. Os principais destaques foram as frutas (3,40%) e as carnes (1,32%), embora tenham registrado altas menos intensas em relação ao mês anterior (8,60% e 1,38%, respectivamente).

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A maior variação entre as classes de despesas foi de artigos de residência (1,82%). A elevação foi influenciada, principalmente, pela aceleração dos eletrodomésticos equipamentos (2,86%), mobiliário (2,41%) e TV, som e informática (1,38%), cujas variações em dezembro haviam sido de 1,77%, 2,07% e 0,70%, respectivamente.

Individualmente, o maior impacto para a alta veio de automóvel novo, cujo preço subiu 2,19% e respondeu por 0,07 ponto percentual. Por outro lado, a queda de 18,35% de passagem aérea foi a principal pressão negativa, de 0,11 ponto percentual.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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