Alimentos sobem 1,28% e respondem por 26% da inflação em fevereiro, diz IBGE

Grupo sofreu impactos dos excessos de chuvas e também de estiagens que prejudicaram a produção em diversas regiões de cultivo no Brasil

Os preços de alimentos e bebidas aceleraram de 1,11% em janeiro para 1,28% em fevereiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do governo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo foi o segundo de maior influência para a alta do IPCA geral, que passou de 0,54% em janeiro para 1,01% em fevereiro, com peso de 26,7%, ou mais de um quarto do índice. Só ficou atrás do grupo educação, que tradicionalmente é a maior pressão no mês por conta do início do ano letivo.

O grupo de alimentos e bebidas tem altas nos preços desde o início da atual série do IPCA, que começou em janeiro de 2020, com uma única exceção, no mês de novembro de 2021 (-0,04%). Em 12 meses, esse segmento acumula alta de 9,12%.

“Em fevereiro, o grupo de alimentação sofreu impactos dos excessos de chuvas e também de estiagens que prejudicaram a produção em diversas regiões de cultivo no Brasil. Temos dois meses de alta de alimentos acima de 1%”, afirma o responsável pelo IPCA, Pedro Kislanov.

Entre os destaques estão os aumentos nos preços da batata-inglesa (23,49%) e da cenoura (55,41%). No caso da cenoura, as variações foram desde 39,26% em São Paulo até 88,15% em Vitória. Além disso, as frutas subiram 3,55%.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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