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Ameaças tarifárias de Trump alimentam incerteza nos mercados; bolsas de NY têm sinais mistos
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez seu primeiro comentário sobre tarifas após as eleições, afirmando que aplicaria uma taxa de 25% sobre produtos do México e Canadá, bem como uma adicional de 10% sobre produtos chineses, aumentando a incerteza nos mercados globais.
Por volta de 13h, as bolsas de Nova York tinham sinal misto, com queda de 0,46% no índice Dow Jones a 44.528,63 pontos, enquanto o S&P 500 avançava 0,32% para 6.006,74 pontos e o Nasdaq tinha alta de 0,56% para 19.161,720 pontos.
“Novas ameaças de Trump, de aumentar tarifas sobre China, México e Canadá enviaram ondas de choque ao ambiente de risco na nova semana, enquanto os mercados agora lidam com a incerteza sobre se mais países também podem estar na mira de Trump”, diz o estrategista de mercado do IG, Yeap Jun Rong.
Segundo ele, sugerir as tarifas como “uma das suas muitas primeiras ordens executivas” indica que as restrições comerciais podem ocorrer muito antes do esperado, embora ainda haja muita ambiguidade em relação à sua declaração recente.
“No mínimo, sua declaração parece oferecer mais confusão para os mercados, com o dólar americano reduzindo ganhos anteriores”, diz o estrategista.
O índice DXY – que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas de países desenvolvidos – subia 0,16% a 106,97 pontos. Já o rendimento da T-note de 10 anos avançava para 4,317%, de 4,279% no fechamento anterior.
Os investidores também estão ansiosos pelos principais dados da semana, incluindo a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), o Produto Interno Bruto (PIB) revisado do terceiro trimestre e os dados de consumo pessoal de outubro, aponta o Wells Fargo.
Mais cedo, o índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos medido pelo Conference Board subiu de 109,6 em outubro para 111,7 em novembro, acima do consenso de 111, impulsionado pelo otimismo com o mercado de trabalho e pela maior confiança no mercado de ações após a vitória de Trump.
Do outro lado do oceano, as ações europeias devem fechar em queda, em meio ao aumento das preocupações com os impactos de uma possível guerra comercial para a economia já enfraquecida da zona do euro, em especial no setor automotivo. O índice Stoxx 600 perdia 0,46% a 506,45 pontos.
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luís de Guindos, disse que uma guerra comercial seria uma situação em que todos perdem, com implicações para a economia da zona do euro. É amplamente esperado que o BCE corte sua taxa de juros de referência no mês que vem.
*Com informações do Valor Econômico
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