Análise: Governo amplia medidas populares para recuperar espaço na corrida eleitoral
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O presidente Bolsonaro iniciou a semana sinalizando uma tentativa de reaproximação com o empresariado e até prometeu participar de reuniões com entidades importantes do PIB nacional em São Paulo. Mas recuou, demonstrando que tratará as manifestações em defesa da democracia previstas para o dia 11, terça-feira, como iniciativas meramente políticas.
Os operadores do Planalto já desistiram de buscar “moderação” no discurso do presidente. Está claro que a estratégia do confronto com os poderes, sobretudo o Judiciário, deve persistir ao menos até o 7 de Setembro, que será um marco para a campanha eleitoral.
Bolsonaro quer aproveitar as paradas militares do Dia da Independência para transformá-las em extensão das passeatas em sua defesa que devem ocorrer em todo o país. Será uma data muito relevante para a campanha eleitoral.
Enquanto isso, o governo amplia a ofensiva de medidas de alcance popular para recuperar espaço na corrida eleitoral: corte no preço do diesel e promessa de alívio no Imposto de Renda foram as ‘cartadas’ da semana de Bolsonaro.
Na campanha do ex-presidente Lula, que permanece à frente nas pesquisas, a novidade foi a adesão de última hora da candidatura de André Janones. Ele, que vinha aparecendo com DOIS pontos percentuais nas pesquisas, pode ajudar o petista a ficar mais próximo de uma vitória no primeiro turno. É essa a dinâmica no entorno do ex-presidente: tentar criar um clima de voto útil para evitar um segundo turno. Isso porque o diagnóstico do ex-presidente é o de que as medidas econômicas do governo devem ajudar Bolsonaro a reduzir a distância que hoje separa os dois nas pesquisas.
Lembrando que o governo começa a pagar o auxílio brasil de R$ 600 na próxima terça-feira, dia 9. E aí saberemos o real impacto do ROBUSTO PROGRAMA SOCIAL nas intenções de voto e na aprovação do governo.
(Por Fábio Zambeli, analista-chefe do JOTA em São Paulo)
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