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Inflação pode voltar à meta nos EUA se PIB e emprego desacelerarem
Na reunião do começo de novembro, que manteve a taxa de juros no intervalo de 5,25% a 5,50%, os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) discutiram o que será necessário para levar a inflação no país de volta à meta de 2%. Segundo a ata do encontro, divulgada nesta terça-feira (21), os membros avaliaram que é preciso um arrefecimento da atividade econômica e do emprego nos próximos meses.
“Os participantes continuaram a considerar que um período de crescimento abaixo do potencial do PIB real e algum abrandamento adicional nas condições do mercado de trabalho seriam provavelmente necessários para reduzir as pressões inflacionárias o suficiente para devolver a inflação a 2% ao longo do tempo”, aponta o documento.
Em outro momento da reunião, os dirigentes do Fed debateram os cenários que poderiam influenciar as futuras decisões de política monetária. Os membros ressaltaram os riscos ascendentes para a inflação, mesmo com os juros em um patamar restritivo. Isso se a economia permanecer aquecida e dados de emprego voltarem a acelerar.
Também foram citadas entre as ameaças as tensões geopolíticas e os reflexos no mercado global de petróleo, além de preços ainda apertados no mercado imobiliário e o impacto na inflação da habitação, e um potencial de quedas mais limitadas nos preços dos bens.
Assim, continua a ata, diz que os dirigentes do Fed concordaram que o ritmo atual de aperto monetário (já considerando o efeito cumulativo) é apropriado para devolver a inflação à meta. Contudo, os membros ressaltaram que um reforço adicional (um novo aumento da taxa) não pode ser descartado.
“Os membros concordaram que, ao avaliarem a orientação adequada da política monetária, continuariam a monitorizar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. Estariam preparados para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o atingimento dos objetivos do comitê”, mostra o documento.
“(Os integrantes) também concordaram que as suas avaliações levariam em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, completa o texto.
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