Inflação pode voltar à meta nos EUA se PIB e emprego desacelerarem

Dirigentes do banco central americano consideram que dados mais fortes são risco para futuras decisões de política monetária

Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters
Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters

Na reunião do começo de novembro, que manteve a taxa de juros no intervalo de 5,25% a 5,50%, os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) discutiram o que será necessário para levar a inflação no país de volta à meta de 2%. Segundo a ata do encontro, divulgada nesta terça-feira (21), os membros avaliaram que é preciso um arrefecimento da atividade econômica e do emprego nos próximos meses.

“Os participantes continuaram a considerar que um período de crescimento abaixo do potencial do PIB real e algum abrandamento adicional nas condições do mercado de trabalho seriam provavelmente necessários para reduzir as pressões inflacionárias o suficiente para devolver a inflação a 2% ao longo do tempo”, aponta o documento.

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Em outro momento da reunião, os dirigentes do Fed debateram os cenários que poderiam influenciar as futuras decisões de política monetária. Os membros ressaltaram os riscos ascendentes para a inflação, mesmo com os juros em um patamar restritivo. Isso se a economia permanecer aquecida e dados de emprego voltarem a acelerar.

Também foram citadas entre as ameaças as tensões geopolíticas e os reflexos no mercado global de petróleo, além de preços ainda apertados no mercado imobiliário e o impacto na inflação da habitação, e um potencial de quedas mais limitadas nos preços dos bens.

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Assim, continua a ata, diz que os dirigentes do Fed concordaram que o ritmo atual de aperto monetário (já considerando o efeito cumulativo) é apropriado para devolver a inflação à meta. Contudo, os membros ressaltaram que um reforço adicional (um novo aumento da taxa) não pode ser descartado.

“Os membros concordaram que, ao avaliarem a orientação adequada da política monetária, continuariam a monitorizar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. Estariam preparados para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o atingimento dos objetivos do comitê”, mostra o documento.

“(Os integrantes) também concordaram que as suas avaliações levariam em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, completa o texto.

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