Ata do FOMC indica manutenção de aumento dos juros pelo Fed até inflação voltar à meta

Indicadores recentes apontaram crescimento modesto, ganhos de empregos robustos nos últimos meses com a taxa de desemprego em baixa histórica

Na tentativa de domar a inflação elevada, o Fed estipulou uma faixa de entre 5,25% a 5,5%, historicamente alta para o país - Foto: AFP/AFP
Na tentativa de domar a inflação elevada, o Fed estipulou uma faixa de entre 5,25% a 5,5%, historicamente alta para o país - Foto: AFP/AFP

A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que elevou a taxa de juros americana para 4,50% a 4,75% ao ano, apontou que os membros seguem com a convicção de levar a inflação para o centro da meta de 2% ao ano, dos atuais 6,4% medidos em janeiro.

“O comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o comitê elevou a taxa de juros e antecipa que os aumentos em curso na serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo”, diz a ata.

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As justificativas do aperto monetário se dão em torno dos indicadores recentes que apontaram crescimento modesto do gasto e da produção e ganhos de empregos robustos nos últimos meses com a taxa de desemprego baixa.

“A inflação diminuiu um pouco, mas continua elevada”.

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“A guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas e está contribuindo para aumentar a incerteza global. O FOMC está altamente atento aos riscos de inflação”, diz.

Ao determinar a extensão dos aumentos futuros nos juros, o comitê do Federal Reserve (Fed) levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômico-financeiros.

Além disso, o FOMC afirmou que continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito em seus planos anunciados anteriormente.

“O comitê está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%”, reiterou.

Segundo o documento, ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, irá continuar monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas.

Segundo outro trecho do documento, as avaliações do comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais.

Votaram a favor da ação de política monetária foram Jerome H. Powell, presidente; John C. Williams, vice-presidente; Michael S. Barr; Michelle W. Bowman; Lael Brainard; Lisa D. Cook; Austan D. Goolsbee; Patrick Harker; Philip N. Jefferson; Neel Kashkari; Lorie K. Logan; e Christopher J. Waller.

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