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Ata mostra que Fed não quer cortar juro antes de mais confiança na queda da inflação
Na reunião de política monetária de janeiro, dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizaram não ser apropriado cortar juros até que se tenha maior confiança de que a inflação retornará à meta de 2% ao ano, segundo a ata do encontro, realizado em 30 e 31 de janeiro, quando a taxa básica de juros foi mantida na faixa entre 5,25% e 5,50%.
A ata foi publicada nesta quarta-feira, 21. No entanto, os membros do Fed notaram que as taxas de juros provavelmente já chegaram ao pico neste ciclo de aperto monetário.
Os participantes da reunião destacaram que a trajetória dos juros dependerá de dados futuros, a evolução do cenário e o equilíbrio de riscos.
“Muitos” deles ressaltaram que as decisões passadas e as atuais melhoras nas condições de oferta estão “trabalhando juntas para levar oferta e demanda a maior equilíbrio”. “Vários” dirigentes enfatizaram a importância de continuar comunicando claramente a sua postura guiada por dados.
Atividade
Os dirigentes do Fed também observaram, na última reunião de política monetária, que recentes indicadores econômicos sugeriam uma expansão em ritmo sólido da atividade. Além da forte demanda, muitos dos participantes atribuem o crescimento a desdobramentos favoráveis do lado da oferta.
Segundo a ata, eles ponderaram que a força inesperada no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real no quarto trimestre refletia exportações líquidas e investimento em estoques maiores do que esperado – fatores que tendem a ser voláteis e dão poucos sinais sobre o crescimento futuro. “Ainda assim, o consumo continua crescendo em ritmo sólido”, afirma o texto.
Mercado de trabalho
Os dirigentes do Federal Reserve avaliaram ainda que os dados disponíveis na reunião de 30 a 31 de janeiro indicaram que o crescimento do PIB real dos EUA foi sólido no quarto trimestre de 2023, mas abaixo do forte desempenho do terceiro trimestre.
Em relação ao mercado de trabalho, as condições continuaram restritivas, porém mostraram mais sinais de abrandamento.
A procura e a oferta de trabalho continuaram a se mover gradualmente com um melhor alinhamento, notaram os membros.
O ritmo médio mensal de ganhos de emprego na folha de pagamento não agrícola no quarto trimestre foi mais lento do que no terceiro trimestre, ponderaram os dirigentes. Mesmo assim, o ritmo segue forte.
Exterior
Os membros do BC norte-americano observaram que o crescimento econômico externo permaneceu moderado no quarto trimestre.
Nas economias estrangeiras avançadas, um aperto significativo da política monetária ao longo últimos dois anos, a erosão dos rendimentos reais das famílias devido às elevadas taxas de inflação e as repercussões do choque de energia do ano passado na Europa continuaram a pesar sobre a atividade econômica.
Na China, o recuo do setor imobiliário e a confiança deprimida do consumidor seguiu como fator de pressão.
Com informações do Estadão Conteúdo
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