Balanço do Fleury (FLRY3) no 3º trimestre: veja a análise dos principais bancos de investimento

Bancos ressaltam que resultado de 3º tri robusto do Fleury pode beneficiar os papéis da companhia na B3

Entrada do laboratório Fleury (FLRY3) - Foto: Divulgação
Entrada do laboratório Fleury (FLRY3) - Foto: Divulgação

Os resultados do Fleury no terceiro trimestre mostraram um crescimento robusto contínuo da receita líquida impulsionado por um forte aumento de volumes de exames, que mais do que compensou o tíquete estagnado e contribuição reduzida dos testes de covid-19, diz o Itaú BBA.

Os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio escrevem que os resultados confirmaram comentários recentes de operadores da área de saúde indicando que mais indivíduos estão realizando exames, traduzindo-se em um bom momento de crescimento de receita para todas as marcas do Fleury.

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Por sua vez, o tíquete médio, de receita por exame, ficou estável em relação ao ano anterior, apesar do atual cenário inflacionário, corroborando a tese de que o tíquete médio deve ficar abaixo da inflação, limitando uma visão mais construtiva de crescimento e ganhos de rentabilidade.

O Itaú BBA tem recomendação neutra para as ações do Fleury (FLRY3), com preço-alvo de R$ 18, abaixo do valor de R$ 19,08 negociado no momento na B3.

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Bank of America

Já o Bank of America destacou que a margem de Ebitda — lucro antes de depreciação, amortização, impostos e juros — do Fleury foi acima da expectativa, de 29%. A previsão do banco era de que o indicador poderia chegar a 28%. O fortalecimento da margem de Ebitda da rede demonstrou que, apesar da incorporação de negócios com menor margem de lucro, o Fleury conseguiu alavancagem operacional para melhorar os resultados.

Com lucro líquido da rede de saúde 18% acima do esperado pelo BofA, de R$ 97 milhões no 3º trimestre, o banco de investimentos americano reiterou a recomendação de compra das ações do Fleury (FLEUR3), com preço-alvo de R$ 23. A alta nos exames que impulsionou o balanço financeiro da rede é sustentada pela conscientização difundida entre brasileiros de que é necessário cuidar melhor da saúde. No entanto, o BofA reforça que a empresa vem seguindo um forte modelo de fusões e aquisições (M&A, em inglês) que pode beneficiar as ações, assim como o aumento de serviços mobile.

Santander

Enquanto reconheceu que o lucro do Fleury foi melhor que o esperado, o Santander disse em relatório que está preocupado com adversidades capazes de encolher as margens da rede, que devem encolher nos próximos meses devido ao mix.

“Do lado positivo, vemos como positivas as iniciativas de crescimento orgânico do Fleury tanto no segmento principal de diagnósticos quanto nas novas aberturas (Moacir Cunha e Vita)”, escreve o analista Caio Moscardini, em relatório.

O Ebitda da companhia atingiu expectativas, mas é visto pelo Santander como sendo de “menor qualidade”. O banco tem recomendação neutra para as ações do Fleury, com preço-alvo de R$ 22,5, potencial de alta de 18% ante o valor negociado no momento na B3.

BTG Pactual

O BTG avaliou os resultados do Grupo Fleury no terceiro trimestre como robustos e em linha com o esperado para o 3º trimestre.

O banco destaca que a geração de fluxo de caixa livre da companhia foi consistente e que a receita líquida cresceu 11% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 1,15 bilhão. O balanço refletiu a expansão a rede A+ em regiões brasileiras, com crescimento de 20% na comparação ano a ano, além de fortalecimento da marca no Rio de Janeiro.

O banco de investimentos tem uma visão positiva para as ações desde sua fusão com o Hermes Pardini. “Os resultados robustos do terceiro trimestre reforçam essa visão”, dizem os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima.

Diante dos resultados trimestrais, o BTG Pactual reiterou a recomendação neutra para as ações do Fleury, com preço-alvo de R$ 17, queda potencial de 12,4% sobre a cotação há pouco registrada, a R$ 19,41.

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