BC indica que inflação em 2023 deve permanecer acima da meta; projeção é de 5%

A meta estimada para o IPCA este ano é de 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos

Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reforçou na terça-feira (10) que “em 2023 a inflação ainda se mantém superior à meta” no cenário principal da autoridade monetária. A projeção da autoridade monetária é de inflação de 5% para este ano, enquanto a meta é de 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Portanto, caso a projeção do BC se confirme, a inflação ficaria também acima do limite superior da banda (4,75%).

“Em 2023, a inflação ainda se mantém superior à meta, em virtude principalmente da hipótese do retorno da tributação federal sobre combustíveis nesse ano e dos efeitos inerciais da inflação de 2022“, disse. “Esses efeitos são contrabalançados pela política monetária, embora não de forma integral, em virtude das diferenças temporais entre os impactos dos choques, de prazo mais curto, e os efeitos da política monetária, mais concentrados no médio prazo.”

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As afirmações foram feitas na carta dirigida ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que o presidente do BC justifica o descumprimento da meta de inflação de 2022.

Mas Campos destacou que, por causa das mudanças tributárias, o Comitê de Política Monetária (Copom) “tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente” para conduzir a taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano.

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“Nesse horizonte, referente ao segundo trimestre de 2024, a projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,3%”, disse. Para 2024 e 2025, a meta em ambos os casos é 3%.

Nesse sentido, “o BC tem tomado as devidas providências para que a inflação atinja as metas”.

“O Comitê (Copom) se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, disse. “O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

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