BC eleva projeção de crescimento do estoque de crédito para 11,1% em 2024
O Banco Central (BC) alterou de 10,8% para 11,1% a sua projeção para o crescimento nominal do estoque de crédito em 2024, de acordo com o Relatório de Inflação (RI) divulgado nesta quinta-feira. Para pessoas jurídicas, a projeção de crescimento variou de 10,5% para 9,7%. Para pessoas físicas, foi de 11% para 12%. Para o […]
O Banco Central (BC) alterou de 10,8% para 11,1% a sua projeção para o crescimento nominal do estoque de crédito em 2024, de acordo com o Relatório de Inflação (RI) divulgado nesta quinta-feira.
Para pessoas jurídicas, a projeção de crescimento variou de 10,5% para 9,7%. Para pessoas físicas, foi de 11% para 12%. Para o crédito livre, variou de 10% para 10,5% e para o crédito direcionado foi mantida em 12%
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“A revisão altista nas projeções para 2024 reflete o maior crescimento da atividade econômica e o mercado de trabalho mais aquecido”, diz o BC.
A autoridade monetária também afirma que “a recuperação da renda e a flexibilização monetária iniciada em meados do ano passado possibilitaram o forte crescimento das concessões de financiamento imobiliário às famílias”.
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Para 2025, por sua vez, as estimativas de crescimento, apresentadas pelo BC pela primeira vez, são: 10,3% para o total, 9,5% para pessoas jurídicas, 10,8% para pessoas físicas, 10,2% para livre e 10,5% para direcionado.
Inadimplência estável
O BC destacou ainda, no Relatório de Inflação, o dinamismo do mercado de crédito, com expansão das concessões no crédito livre e a estabilidade da inadimplência. O documento explica que o desempenho aconteceu “em cenário de flexibilização da política monetária até meados do segundo trimestre, forte crescimento econômico, mercado de trabalho aquecido e recuperação da renda das famílias”.
Segundo o BC, esse cenário favorável também “impulsionou” captações nos mercados de capitais no Brasil e no exterior. “No entanto, níveis de endividamento e comprometimento de renda das famílias ainda elevados e as mudanças no mercado de juros, com a inflexão da taxa básica e o aumento nos juros futuros, podem alterar essa tendência nos próximos meses”.
No caso do crédito livre, a expansão “começa a ser menos intensa e disseminada”. O relatório aponta que há sinais incipientes, na ponta, de acomodação nas taxas de juros para empresas e nas modalidades de baixo custo paras famílias “em linha com a interrupção do ciclo de afrouxamento monetário e a elevação da curva de juros”.
Para as pessoas físicas, o BC destacou o crescimento de concessões. Já para o financiamento de empresas, houve aceleração no crescimento no trimestre encerrado em julho e expansão nos empréstimos não bancários no mercado doméstico e de dívida externa.
No crédito direcionado, o relatório apontou um recuperação nas concessões de financiamento imobiliário para as famílias e uma queda nas de crédito rural. “As contratações pelo programa Minha Casa Minha Vida, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), ganharam impulso a partir de 2023, enquanto os financiamentos com recursos da caderneta de poupança retomaram a trajetória de crescimento no início de 2024.”
Mesmo neste cenário de crescimento geral, houve estabilidade da inadimplência. “A trajetória lenta de redução dos indicadores de endividamento e comprometimento de renda, que ainda permanecem em patamar elevado, indicam que as finanças das famílias ainda estão pressionadas, mesmo com o quadro positivo de recuperação da renda”.
*Com informações do Valor Econômico