O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou a proibição das importações de petróleo russo. “Estamos atingindo a principal artéria da economia russa”, disse Biden, num pronunciamento na Casa Branca. “O povo americano estava dando um golpe poderoso na máquina de guerra de Putin”.
Os EUA importam 400 mil barris diários do petróleo da Rússia, o que corresponde entre 7% e 9% da demanda americana. Durante o pronunciamento, Biden admitiu que os parceiros europeus têm mais dificuldade para banir as importações do petróleo russo, que corresponde, em média a 13% da demanda europeia.
Biden vinha sendo pressionado por democratas e republicanos a proibir as importações de energia da Rússia em retaliação ao presidente russo, Vladimir Putin, pela invasão da Ucrânia. O presidente americano fez questão de iniciar seu pronunciamento ressaltando que a decisão de proibir a importação do petróleo era resultado de uma cordo bipartidário.
O presidente dos EUA reconheceu que a medida deve causar um aumento no preço dos combustíveis, no país — o que pode causar prejuízos eleitorais para o Partido Democrata, de Biden, que em novembro tentará manter sua hoje escassa maioria na Câmara e no Senado. “Sabemos que o preço da gasolina nas bombas já subiu US$ 0,75 [o galão] nos últimos dias, mas nos esforçaremos ao máximo para atenuar esses efeitos”, disse o presidente.
Biden anunciou que liberaria petróleo dos das reservas estratégicas dos EUA para atenuar os efeitos da decisão.
O presidente americano disse ainda que espera um acordo no Congresso para liberar US$ 2 bilhões para a ajuda emergencial à Ucrânia. “Os EUA vão cuidar dos refugiados para que esse custo não fique apenas com nossos parceiros europeus”, disse Biden.
“A Rússia de Putin sairá menor dessa guerra, enquanto todos nós sairemos ainda maiores”, acrescentou, lembrando que o rublo, a moeda russa, já vale apenas US$ 0,01 — metado da cotação que tinha havia duas semanas.
Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.