Biden pede que Rússia seja expulsa do G20

As declarações de Biden ocorrem após rumores de que o presidente russo, Vladimir Putin, planeja participar da cúpula do G20 neste ano

O presidente dos EUA, Joe Biden. Foto: Kevin Lamarque/Reuters
O presidente dos EUA, Joe Biden. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta quinta-feira que a Rússia seja expulsa do G20, mas revelou que não há consenso entre os países do grupo.

Em uma entrevista na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Biden disse que a Indonésia, que atualmente ocupa a presidência rotativa do G20, é um dos países que discorda da exclusão da Rússia.

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As declarações de Biden ocorrem após rumores de que o presidente russo, Vladimir Putin, planeja participar da cúpula do G20 neste ano. A China já havia sinalizado ontem que vetaria uma exclusão de Moscou, o que pode fazer com que alguns países boicotem o encontro.

O presidente americano está em Bruxelas para uma série de reuniões para discutir a crise na Ucrânia. Mais cedo, ele participou das cúpulas da Otan e do G7. Após a coletiva, Biden segue para uma reunião com líderes da União Europeia (UE).

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Biden destacou que os aliados ocidentais estão mais unidos do que nunca e determinados a continuar punindo a Rússia economicamente pela decisão de Putin de invadir a Ucrânia.

“Ele não imaginava que poderíamos sustentar essa coesão”, afirmou o presidente americano, acrescentando que a Otan “nunca esteve mais unida do que hoje”.

Antes da coletiva, os EUA anunciaram uma série de sanções contra políticos, oligarcas e empresas estatais russas do setor de defesa. Além disso, o G7 também atuará para impedir que Moscou use suas reservas em ouro para driblar as medidas econômicas introduzidas pelo Ocidente.

Para Biden, as reuniões de hoje em Bruxelas são importantes para mostrar a Putin que os EUA e os aliados europeus estão comprometidos a manter a pressão sobre a Rússia por quanto tempo for necessário.

O presidente americano também foi questionado sobre a postura da China. Biden disse que deixou claro ao líder chinês, Xi Jinping, em uma recente videoconferência, quais seriam as consequências se Pequim fornecer qualquer tipo de apoio a Moscou durante a guerra.

“Eu não fiz ameaças, mas deixei claro para ele e me certifiquei de que ele entendesse as consequências de ajudar a Rússia”, disse Biden. “A China entende que seu futuro econômico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia.”

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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