Biden sugere que Putin comete genocídio na Ucrânia e culpa guerra por inflação
É a primeira vez que o presidente americano usa o termo para classificar as ações do líder russo na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sugeriu nesta terça-feira, que o líder russo, Vladimir Putin, está cometendo um “genocídio” na Ucrânia. Em um discurso em Iowa, ele também culpou a guerra pela disparada da inflação no país e em outras partes do mundo.
Esta foi a primeira vez que Biden sugeriu que a Rússia está cometendo um genocídio na Ucrânia. Em pronunciamentos anteriores, o presidente americano já havia chamado Putin de “ditador” e “criminoso de guerra”, o que fez o Kremlin ameaçar romper as relações com os EUA.
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“Seu orçamento familiar, sua capacidade de encher seu tanque… nada disso deveria depender se um ditador declara guerra e comete um genocídio a meio mundo de distância”, disse Biden pouco depois de culpar a “guerra de Putin” pelo aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis.
Até então, a Casa Branca estava evitando utilizar o termo “genocídio” para classificar as ações das tropas russas na Ucrânia. No final de março, durante uma visita na Polônia, Biden disse que Putin “não deveria permanecer no poder”, uma fala que precisou ser posteriormente esclarecida pelo governo americano e foi definida como uma “gafe”.
Biden foi ao Iowa para anunciar que uma medida autorizará durante o verão nos EUA a venda de uma gasolina com um teor mais alto de etanol, em uma tentativa de conter os preços nos postos e diminuir a insatisfação dos americanos com a inflação.
Antes do discurso, o Departamento de Trabalho dos EUA informou que a inflação nos EUA acelerou para 8,5% em março, a taxa anual mais alta desde dezembro de 1981. Apenas no mês passado, os preços da gasolina subiram 18,3%.
O presidente americano lembrou que também autorizou recentemente a liberação de 1 milhão de barris de petróleo por dia, por 6 meses, para reduzir os preços dos combustíveis no país.
O esforço foi coordenado com outros países aliados dos EUA, que liberaram, por meio da Agência Internacional de Energia (AIE), outros 60 milhões de barris nos mercados.