Bitcoin cai com Wall Street e lateralização nos US$ 23 mil continua
O bitcoin (BTC) e o ether (ETH) operam em queda, seguindo a baixa das bolsas de valores dos Estados Unidos em meio a resultados de empresas americanas. A maior das criptomoedas tem mostrado resiliência na região próxima dos US$ 23 mil, mas os investidores comprados não conseguiram, até agora, impulsioná-la a buscar patamares mais próximos dos US$ 25 mil.
Perto das 18h30 (horário de Brasília) o bitcoin cai 1,2% em 24 horas, cotado a US$ 22.954 e o ether, moeda digital da rede ethereum, tem queda de 0,9% a US$ 1.653, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 1,12 trilhão. Em reais, o bitcoin tem perdas de 0,87% a R$ 119.766 e o ether recua 0,41% a R$ 8.624, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 0,61% a 33.949 pontos, o S&P 500 registrou queda de 1,11% a 4.118 pontos e o Nasdaq, focado em empresas de tecnologia, recuou 1,68% a 11.910 pontos.
Segundo Isac Honorato, especialista em criptomoedas da Foxbit, durante o movimento de alta recente do bitcoin os principais pilares da recuperação foram mineradores, carteiras com enormes quantidades de criptomoeda (conhecidas como baleias), investidores de longo prazo e o ambiente macroeconômico. Todavia, Honorato comenta que há dois indicadores gráficos conflitantes que dificultam uma impulsão até os US$ 25 mil.
“Na análise gráfica, conhecemos esses padrões como Golden Cross e Death Cross. A Golden Cross envolve o cruzamento da média móvel de 50 períodos acima de uma média móvel de 200 períodos. No entanto, quando a média móvel de longo prazo faz o contrário, o cruzamento com a média móvel de curto prazo, a tendência é baixista, indicando que os preços podem se desvalorizar”, explica.
André Franco, chefe do Research do MB, destaca que o bitcoin continua, sem surpresas, perto da casa dos US$ 23 mil, alçando um novo patamar de lateralização antes de um movimento mais certeiro. “Essa tem sido a toada dos últimos dias tanto na questão da volatilidade quanto em eventos que podem ou não mexer com o mercado cripto. Vemos basicamente uma lateralização”, afirma.
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