Bitcoin cede após a maior sequência de alta desde 2013
O movimento seguiu as perdas das ações de tecnologia na véspera, que recuaram com os temores de recessão e demissões nas 'big techs'
O bitcoin (BTC) cedeu às pressões dos investidores do segmento de ativos digitais por embolsar os ganhos recentes após 14 dias seguidos de valorização, na maior sequência de ganhos desde 2013.
O movimento seguiu as perdas das ações de tecnologia na véspera, que recuaram com os temores de recessão e demissões nas “big techs”, além do iminente pedido de recuperação de ativos da Genesis nos EUA.
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Com a baixa dos tokens, o valor de mercado conjunto das criptomoedas voltou a ficar abaixo de US$ 1 trilhão. Maior das moedas digitais, o bitcoin voltou a ser negociado abaixo de US$ 21 mil na tarde de quarta-feira, patamar em que vem oscilando nesta quinta-feira. O ether, a segunda maior das moedas digitais, perdeu o patamar de US$ 1.600 e teve oscilação ainda maior.
Perto das 9h15 (horário de Brasília), o bitcoin tinha baixa de 2,2% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 20.743,45 e o ether (ETH) recuava 3,6% a US$ 1.519, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo era de US$ 997 bilhões. Em reais, o bitcoin tinha queda de 0,23% a R$ 108.881,26 e o ether recuava 1,42% a R$ 7.979,42, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
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Fernando Pereira, analista da Bitget, atribui a baixa do bitcoin a um movimento natural de mercado após vários dias de ganhos.
“O bitcoin sentiu a resistência de US$ 21.600 e não conseguiu ultrapassá-la, mas isso não é motivo para pânico. Um recuo para buscar força e então tentar um segundo rompimento é o movimento natural a se fazer”, disse.
Para Pereira, a expectativa de que a Genesis entre com pedido de proteção contra credores é preocupante e pode levar a nova baixa dos ativos digitais. “Esse tipo de notícia pode atrapalhar o movimento que seria natural de recuo do bitcoin para jogá-lo para regiões de preços muito mais baixas”, disse.
Thiago Rigo, analista da Titanium Asset, afirma que os dados on-chain mostram que o bitcoin ainda tem espaço para novas altas, com os dados de contratos futuros em aberto (open interest) subindo 2,27%, enquanto as taxas de financiamento revelam que investidores comprados são a maioria no mercado.
Apesar disso, Rigo aponta que alguns indicadores dão um sinal de alerta para a criptomoeda. “O MVRV Ratio, indicador que pode apontar se o bitcoin está sobrevalorizado, entrou em uma zona neutra, saindo da indicação de ‘subvalorizado’”, explica.