Bitcoin e ether caem na semana e dados de seguro-desemprego dos EUA ganham em importância
Para os próximos dias, o investidor deve seguir atento a indicadores macroeconômicos
O bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH) operam em sentidos opostos nesta sexta-feira (14) e acumulam perdas de 3,8% e 3,7% respectivamente em sete dias. Para os próximos dias, o investidor deve seguir atento a indicadores macroeconômicos, mas a semana será um pouco mais tranquila do que as últimas, pois não conta com decisões de política monetária nos Estados Unidos e nem números de inflação no país.
O primeiro indicador relevante da semana que vem é a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China relativo ao terceiro trimestre na segunda-feira (17) às 23h (horário de Brasília). O dado sai junto com os indicadores de produção industrial e vendas do varejo, ambos referentes ao mês de setembro.
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Nos dias seguintes, é a vez da produção industrial dos EUA em setembro às 10h15 da terça-feira (18), e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro às 6h na quarta (19), dia que também terá a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve às 15h.
A quinta-feira (20), por sua vez, reserva os dados semanais de pedidos por seguro-desemprego nos EUA, importantes para confirmar a desaceleração registrada na semana passada ou mostrar que foi um dado isolado e que o mercado de trabalho segue forte apesar do aperto monetário promovido pelo Fed.
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Perto das 17h32, o bitcoin cai 1,3% em 24 horas, a US$ 19.186, e o ether, moeda digital da rede ethereum, tinha leve alta de 0,5% a US$ 1.301, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas é de US$ 959 bilhões. Em reais, o bitcoin tem baixa de 0,16% a R$ 102.281, enquanto o ethereum registra valorização de 1,3% a R$ 6.935, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
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Em relatório, a Transfero destaca que o bitcoin segue em uma zona de acumulação próxima dos US$ 19 mil e alerta que a análise gráfica mostra historicamente que quanto mais tempo dura a lateralização de um ativo mais rápida será a movimentação dos preços quando ela for rompida.
“Se o investidor acredita na recuperação do ativo no médio/longo prazo, considerando que já caiu aproximadamente 70% desde o maior preço histórico, e que existe a possibilidade do bitcoin voltar esse patamar, a região de US$ 19 mil torna-se bastante atrativa com um potencial de valorização até os US$ 70 mil, algo próximo de 260%”, projeta a equipe de análise da Transfero.
Olhando para o cenário macro, Lucas Passarini, trader do MB, diz que a liberação dos dados do CPI de setembro foi o evento mais importante da semana atual, trazendo muita volatilidade para o mercado. A inflação ao consumidor dos EUA no mês passado cresceu a 0,4%, ante 0,2% esperados pelos economistas. Em 12 meses, no entanto, o indicador desacelerou de 8,3% para 8,2%. Após a divulgação, as bolsas inicialmente caíram, mas depois viraram para alta e fecharam com ganhos no pregão passado.
“Por enquanto, não há nada substancial. Aparentemente, os investidores estão resistentes a realizar novas vendas. A leitura de que a inflação não está piorando tanto dá a impressão de que podemos estar formando um pico do aumento de preços nos EUA”, avalia Passarini.
Já em relação à próxima semana, o operador destaca que o PIB da China pode dar um tom diferente para o mercado logo na segunda-feira. Todavia, o mais relevante, na opinião dele, para mercados de risco como as criptomoedas, são os pedidos por seguro-desemprego dos EUA na quinta e a inflação da zona do euro na quarta.