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Bitcoin e ether têm dia de trégua e dólar alto sustenta ganhos com criptomoedas no Brasil
O bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH) tiveram um dia de trégua nesta segunda-feira, reta final do encerramento do terceiro trimestre, apesar do pessimismo nos mercados de risco com as perspectivas para a atividade econômica e para ajustes na política monetária. No Brasil, a alta de mais de 2,5% do dólar segurou as cotações em reais das criptomoedas.
A valorização das principais moedas digitais contrasta com a baixa das ações em Wall Street, que terminou a sessão com perdas de 1,11% no índice Dow Jones e de 1,03% no S&P 500. A Nasdaq, que costuma ser mais correlacionada com as moedas digitais, terminou o dia com baixa de 0,6%, na contramão dos tokens.
“Hoje, tivemos um daqueles poucos sinais que mostram o oposto do que vinha acontecendo nos últimos dias. Ações de tecnologia indo para um lado e cripto, para outro. Obviamente, é apenas um dia. Tem que ver se isso vira uma tendência e o mercado cripto volta a ser descorrelacionado dos mercados de risco”, disse André Franco, chefe de pesquisa do MB.
Perto das 18h25 (horário de Brasília), o bitcoin tinha alta de 1,1%, negociado a US$ 19.154,36, e o ether, moeda digital da rede Ethereum subia 2,3%, novamente a US$ 1.325,82, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas somava US$ 974 bilhões.
No mercado brasileiro, a forte alta do dólar ajudou a impulsionar os preços em reais das criptomoedas. O dólar chegou a subir mais de 3% e bater em R$ 5,41 com a tensão eleitoral e o pessimismo externo, mas terminou o dia a R$ 5,38, com valorização de 2,52%. Em reais, o bitcoin registrava valorização de 2,72% a R$ 101.829,65, enquanto o ethereum tinha ganhos de 3,95%, a R$ 7.044,25, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Segundo Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset, o preço do bitcoin segue abaixo dos US$ 20 mil ainda muito pressionado pelo cenário macro e pela alta internacional do dólar. Para Ferreira, a atenção dos investidores está mais do que nunca voltada ao resultado dos dados de consumo e atividade que serão divulgados nas próximas semanas. Nesta quinta (29) sai o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, e na sexta (30) é a vez do Índice de Preços de Gastos para Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês).
“Nos patamares atuais, o investidor que tem interesse em montar posição em criptomoedas tem duas alternativas: fazer entradas parciais visando o médio e longo prazo; ou começar a se posicionar quando houver uma melhora das condições macroeconômicas, o que deve demorar alguns meses, no mínimo seis”, disse.
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