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Bitcoin e ether viram para alta na contramão das bolsas e com retomada do investidor de varejo
O bitcoin (BTC) e o ether (ETH) operam em alta nesta segunda-feira (6) na contramão do desempenho de Wall Street. As bolsas de valores dos Estados Unidos registraram quedas em meio ao aumento no rendimento dos títulos do Tesouro americano e às tensões entre EUA e China no caso dos balões chineses abatidos no ar.
Em relatório, a Bybit destaca que na semana passada os investidores comprados não conseguiram levar o preço do bitcoin até os US$ 25 mil, mas agora a moeda digital se mantém sobre o suporte de preços dos US$ 22 mil e novas tentativas de se atingir os US$ 25 mil podem ocorrer em breve. A Bybit reforça ainda que mais de 620 mil novas carteiras foram criadas recentemente e que houve um aumento significativo de endereços com 0,1 bitcoin, o que indica um retorno do investidor de varejo para o mercado cripto.
Vale lembrar que o bitcoin está próximo de um patamar gráfico chamado de “Golden Cross”, um cruzamento da cotação média de 50 dias acima da de 200. Este padrão apareceu antes dos ralis de 2020 e de 2021.
Perto das 18h29 (horário de Brasília) o bitcoin sobe 0,4% em 24 horas, cotado a US$ 22.984 e o ether, moeda digital da rede ethereum, tem alta de 1,5% a US$ 1.644, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 1,11 trilhão. Em reais, o bitcoin tem ganhos de 0,61% a R$ 118.745 e o ether avança 1,75% a R$ 8.516, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 0,1% a 33.891 pontos, o S&P 500 registrou queda de 0,61% a 4.111 pontos e o Nasdaq, focado em empresas de tecnologia, recuou 1% a 11.887 pontos.
Segundo Felipe Lopes, analista CNPI e especialista em criptomoedas da VG Research, como na semana passada os movimentos de mercado estão mais ligados ao ambiente macro do que a fatores micro específicos do mundo cripto. “O consenso é de que na próxima reunião de política monetária o Federal Reserve aumente novamente os juros em 0,25 ponto percentual, o que estaria de bom tamanho para o mercado. Em contrapartida, é preciso analisar o quanto será necessário para domar a inflação, uma vez que os dados de emprego dos EUA continuam vindo fortes”, avalia.
Amanhã, o presidente do Fed, Jerome Powell, falará à 13h (horário de Brasília) no Clube Econômico de Washington. O discurso será bem aguardado depois das sinalizações de Powell na última quarta-feira (1) no sentido de reconhecer que a inflação nos EUA está se desacelerando graças aos esforços do banco central do país.
Do lado específico, Lopes enxerga como provável para o final deste ano uma valorização do bitcoin antes do halving, evento programado que ocorre mais ou menos de quatro em quatro anos no qual a recompensa para os mineradores que conseguem encontrar novos blocos de validação da criptomoeda cai pela metade. “O mercado cripto, apesar dessa supervalorização de curto prazo neste início de ano, ainda está dentro de um campo muito positivo para se investir em criptomoedas. Acho que o pior já passou e que não veremos novos fundos”, opina.
Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos, casa de análise e empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, um destaque do momento atual é que o mercado vem apresentando um comportamento resiliente, com recuos modestos. “O bitcoin deve permanecer nessa faixa entre US$ 20 mil e US$ 23 mil enquanto não temos nenhum outro dado da inflação dos EUA, principalmente o [Índice de Preços ao Consumidor] CPI”, prevê.
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