Bitcoin e ethereum derretem após surpresa com inflação norte-americana resistente

Bitcoin ainda soma ganhos de 14% nos últimos sete dias

Bitcoin e ether passam a ser negociados pelo Itaú Unibanco - Imagem: Unsplash
Bitcoin e ether passam a ser negociados pelo Itaú Unibanco - Imagem: Unsplash

Bitcoin e ethereum inverteram o sinal nesta terça seguindo o mau humor nos mercados de risco após a divulgação dos dados de inflação de agosto.

Na contagem regressiva para a atualização do Ethereum, o ecossistema de blockchain com mais aplicações comerciais no mercado, os investidores já estavam cautelosos com o ether diante de eventuais contratempos e preferiam se refugiar no bitcoin, que até então mantinha os ganhos dos últimos dias.

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Com a inflação mais resistente nos EUA, no entanto, a maior das criptomoedas passou a derreter também, arrastando junto as demais criptomoedas.

Perto das 12h55 (horário de Brasília), o bitcoin tinha baixa de 5,8% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 20.914, e o ether, moeda digital da rede ethereum, tinha queda de 7,3% a US$ 1.590,84, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas era de US$ 1,056 trilhão. Em reais, o bitcoin registrava baixa de 4,51% a R$ 108.149,05 e o ethereum tinha desvalorização de 5,01% a R$ 8.278,89, de acordo com valores fornecidos pelo MB

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O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) indicou uma inflação de 0,1% em agosto, na comparação com o mês anterior, acelerando em comparação à leitura estável de julho e contrariando a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de queda de 0,1% nos preços. Na base anual, o CPI indicou alta de 8,3%, também acima das expectativas de consenso, de alta de 8,0%.

Desde a semana passada, aumentou a busca por hedge para proteger apostas mais longas no ether, adiantando também os efeitos da máxima de mercado do “compre no boato e venda no fato”.

Mesmo assim, o ether acumula ainda uma alta de 7,2% nos últimos sete dias. Já o bitcoin, mais antiga e maior criptomoeda em capitalização, soma ganhos de 14% no período, seguindo a melhora dos mercados de risco após a instabilidade com os ajustes na política monetária e as preocupações com a recessão nas maiores economias na virada de agosto para setembro.

André Franco, chefe de pesquisa do MB, destaca que a proximidade da atualização do Ethereum, que está a 40 horas para o Merge, está movimentando o mercado para baixo.

“Se os dias anteriores do bitcoin foram de alta, os do ether foram de baixa. Isso porque, uma parte dos holders está precificando o risco de execução da atualização, que apesar de ser muito baixo, existe e gerou apreensão nos investidores. Nos dados on-chain continuamos a ver um acúmulo dos long term holders (LTH), que de ontem para hoje ‘acumularam’ 7 mil bitcoins”, disse.

Segundo a Bloomberg, os produtos de investimento baseados em éter tiveram saídas de cerca de US$ 62 milhões na semana passada, respondendo pela maior parte do dinheiro retirado de veículos de ativos digitais, de acordo com dados da CoinShares. Isso ocorreu “apesar da maior certeza da Merge e talvez destaque uma preocupação entre os investidores de que o evento pode não sair como planejado”, escreveu James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, em nota.

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