Bitcoin retoma US$ 24 mil e ether passa de US$ 1.800 com alívio após desaceleração da inflação nos EUA

Bitcoin (BTC) ultrapassa US$ 24 mil após divulgação de dados da inflação nos EUA

Bitcoin e ether passam a ser negociados pelo Itaú Unibanco - Imagem: Unsplash
Bitcoin e ether passam a ser negociados pelo Itaú Unibanco - Imagem: Unsplash

Bitcoin, ether e as principais criptomoedas seguiram os mercados de risco e avançaram nesta quarta após a inflação ao consumidor dar sinais de desaceleração em julho nos EUA, sinalizando uma pressão menor para o Federal Reserve manter a aceleração no aperto monetário na maior economia do mundo.

Maior das criptomoedas, o bitcoin ampliou os ganhos e retomou o patamar de US$ 24 mil, perdido na véspera, depois da divulgação do indicador de preços, junto com os futuros de ações dos EUA e bolsas europeias. Perto das 10h05 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 24.079,33, com ganho de 3,5% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. Já o ether atingia US$ 1.821,39, alta de 7,2%. Em reais, o bitcoin estava em R$ 122.072 (alta de 3,4%) e o ether, em R$ 9.269,92 (alta de 6,62%).

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Para Ayron Ferreira, chefe de pesquisa da Titanium Asset, o novo indicador de inflação equilibra bem a expectativa de diminuição do ritmo da economia, depois de dados fortes do payroll na sexta feira, quando eram esperados 250 mil vagas de emprego criadas e vieram 528 mil.

“Esse resultado do CPI mostra que a economia está começando a sentir os efeitos do aumento de juros. Aparentemente, este era o tema que estava segurando a valorização dos ativos de risco, como o bitcoin (BTC). No caso do BTC, esse tema macro tem sido bem forte; um exemplo é a parceria anunciada entre a Coinbase e a BlackRock, que em outros momentos teria ocasionado uma valorização forte no preço do BTC”, disse Ayron, logo após a divulgação do indicador.

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Na avaliação de Lucas Passarini, trader do MB, o CPI de julho atestou a desaceleração dos preços nos EUA e pode dar mais fôlego para a valorização dos criptoativos agora em diante.

“A inflação veio abaixo do esperado e isso dá mais fôlego para o rali de alta, nesse mercado de queda”, disse Passarini.

Nos EUA, os futuros dos fed funds passaram a indicar uma desaceleração no potencial de alta de 0,75 ponto percentual no juro americano na reunião do Federal Reserve de setembro, depois que o CPI de julho indicou um leve recuo na alta dos preços, inclusive em seu núcleo. O CPI de julho teve variação zero ante junho, abaixo do consenso do mercado de alta de 0,2%. Já na base anual o CPI subiu 8,5% ante um consenso de 8,7%. O núcleo do CPI subiu 0,3% em julho ante junho, também abaixo do consenso de 0,5%. Já em base anual, o núcleo do CPI subiu 5,9%, ante 6,1% estimados.

Com a desaceleração da inflação em julho, os futuros dos fed funds passam a indicar potencial de 65,5% de uma alta de 0,75 ponto percentual na reunião do Fed de setembro, ante 67,5% no início do dia.

“O mercado já está começando a precificar que o aumentos nos juros pelo banco central americano vai ser menor. É um sentimento momentâneo, mas o mercado começou a acelerar em questão de poucos minutos”, disse Passarini.

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