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Bitcoin tem leve recuperação depois de renovar cotação mínima no fim de semana
No Brasil, mais de 17 mil cotistas abandonaram o maior fundo cripto do país; uma queda de 20% no ano
O Bitcoin subiu acima da marca de US$ 20.000 nesta segunda. O Ethereum avançou menos de 1%, para US$ 1.102,86. A recuperação do bitcoin acontece depois de a criptomoeda atingir, no fim de semana, mínima de US$ 17.601,58. Cotação mais baixa desde 2017. O bitcoin ainda está 70% abaixo de sua alta histórica, atingida em novembro. No acumulado do ano, caiu 57%.
Mesmo com a leve recuperação desta segunda, os investidores continuam atentos ao mercado diante da série de manchetes negativas envolvendo as criptomoedas e dos fatores macroeconômicos, que pressionam sobretudo o mercado de renda variável.
O mercado de criptomoedas está sendo afetado por vários problemas nas últimas semanas, começando com o colapso da stablecoin terraUSD e o token Luna. Fatores macroeconômicos, incluindo alta inflação e próximos aumentos de taxas dos EUA, também pesam sobre os criptoativos.
“O bitcoin está acima dos US$ 20 mil, mas pode ser só mais um topo descendente, pois ainda não recuperamos a tendência de alta no gráfico diário ou no semanal. Às vezes, o mercado em tendência de baixa sobe em alguns dias específicos, mas isso é apenas um respiro para cair mais”, analisa Raquel Vieira especialista em criptomoedas da Top Gain .
Já Pedro De Luca, head de cripto da Levante Investimentos, destaca que a recuperação das criptomoedas era esperada. “Houve uma força vendedora muito maior no fim de semana, que é um momento de menor liquidez porque os mercados tradicionais estão fechados. Com a abertura dos mercados asiáticos já tivemos uma valorização de volta à faixa dos US$ 20 mil”, ressalta.
Apesar disso, o analista reconhece que a queda abaixo dos US$ 20 mil foi um movimento atípico dentro do histórico de grandes quedas do bitcoin. “Ele nunca tinha ficado abaixo do valor do seu último topo. Quando teve o topo dos US$ 1 mil ele caiu, teve uma nova alta e nunca mais os perdeu. Ele chegou depois aos US$ 20 mil entre 2017 e 2018, caiu bastante, rompeu de novo, e seguiu subindo até o novo topo dos US$ 69 mil. Desta vez aconteceu de perder [o topo anterior], mas foi em um momento de baixa liquidez”, explica. “Não consigo vislumbrar quedas muito maiores do que a que levou aos US$ 17 mil. Pode chegar a US$ 16 mil, US$ 15 mil, mas nada muito mais radical. Acredito que deve se manter acima dos US$ 20 mil.”
Por fim, Lucas Passarini, especialista em trading de criptoativos do MB, lembra que a maioria dos indicadores gráficos do bitcoin estão em região de sobrevenda, o que pode sinalizar uma recuperação nos próximos dias. Ele comenta ainda que o movimento atual teve a estranha característica de ser seguido por uma valorização maior das moedas menores do que do próprio bitcoin.
“Praticamente todas as principais altcoins se valorizaram contra o maior criptoativo na última semana, um comportamento inesperado em um momento de queda tão acentuada. Os motivos ainda não são completamente evidentes, e os próximos dias trarão maiores clarezas”, aponta.
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