Bolsas da Europa fecham em queda após divulgação de dados fracos nos EUA e na Europa

Índices acionários do continente acompanharam o bom humor em Nova York no começo da semana

Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)
Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)

As bolsas europeias fecharam em queda, acompanhando o mau humor em Nova York e estendendo as perdas de ontem, após a divulgação de dados econômicos fracos em ambos os lados do Oceano Atlântico.

Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,64%, a 12.470,78 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, caiu 0,78%, a 6.997,27 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, recuou 0,37%, a 12.470,78 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,82%, a 5.936,42 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em queda de 1,03%, a 21.140,55 pontos, e o Ibex 35, de Madri, recuou 0,91%, a 7.511,10 pontos.

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Os índices acionários do continente acompanharam o bom humor em Nova York no começo da semana, com os investidores avaliando a divulgação de dados fracos como sendo positiva para os ativos de risco, com a esperança de que eles indicam que o aperto monetário do Federal Reserve (Fed) já está começando a surtir efeito na economia real e pode dar espaço para que o BC americano reduza o ritmo de altas de juros antes do esperado.

Este otimismo se esmaeceu ontem e mesmo a divulgação de dados fracos do mercado de trabalho americano não está conseguindo manter Wall Street firmemente acima da linha d’água hoje, com os índices de Nova York oscilando entre ganhos e perdas desde o começo do pregão.

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“A narrativa nos últimos dias de que os dados mais fracos sendo positivos por serem um precursor de um aperto monetário mais lento não parecia sustentável e isso já está se provando verdade”, diz Craig Erlam, analista sênior de mercados da Oanda, em nota. “Eu acho que isso foi mais um reflexo da acentuada onda de vendas nos mercados e a performance dos ativos de risco nas seis semanas anteriores, ao invés dos dados”.

O número de solicitações iniciais de seguro-desemprego subiu de 190 mil para 219 mil na semana passada, superando a expectativa de consenso, que era de avanço a apenas 203 mil pedidos. Os investidores seguem à espera, agora, da divulgação do relatório de amanhã do “payroll” de criação de vagas de trabalho nos EUA. A expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” é de uma queda no número de empregos criados, de 315 mil em agosto para 275 mil em setembro.

Na Europa, o volume de vendas no varejo caiu 0,3% no mês de agosto, ficando um pouco abaixo da expectativa de consenso, de queda de 0,4% no período. Já as encomendas à indústria na Alemanha caíram 2,4% no mês, superando com folga a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que esperavam que os pedidos caíssem 0,5%.

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