Bolsas de Nova York interrompem rali e fecham em queda com pressão de Treasuries
Os mercados acionários americanos passaram por um pregão de realização de lucros e chegaram ao fim do dia em queda. A disparada dos rendimentos dos Treasuries deu apoio ao movimento de correção nas bolsas em Nova York, na medida em que os participantes do mercado passaram a reprecificar o cenário esperado para os juros diante […]
Os mercados acionários americanos passaram por um pregão de realização de lucros e chegaram ao fim do dia em queda. A disparada dos rendimentos dos Treasuries deu apoio ao movimento de correção nas bolsas em Nova York, na medida em que os participantes do mercado passaram a reprecificar o cenário esperado para os juros diante das promessas econômicas feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesse ambiente, os setores de tecnologia e de serviços de comunicação se valorizaram e impediram perdas maiores em Wall Street.
No encerramento da sessão em Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,86%, aos 43.910,98 pontos; o S&P 500 recuou 0,29%, aos 5.984,00 pontos; e o índice eletrônico Nasdaq teve baixa de 0,09%, aos 19,281,40 pontos.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
O mercado voltou a embutir nos preços os possíveis efeitos da política econômica de Trump, o que se refletiu em um forte ajuste na curva de juros americana. O salto das taxas dos Treasuries, na esteira da percepção de que a política tarifária do republicano pode, de fato, gerar impactos inflacionários maiores à frente, provocou uma queda das ações americanas, diante de uma taxa de desconto maior. Assim, Wall Street perdeu fôlego após uma sequência de valorização dos índices acionários que levou as bolsas a máximas históricas ontem.
Em nota enviada a clientes, a equipe de estratégia de ações americanas do Morgan Stanley, comandada por Michael Wilson, mantém uma visão construtiva com ações cíclicas de qualidade, mesmo após a eleição, ao avaliar que uma guinada republicana (“red sweep”) não estava totalmente precificada pelos mercados e ainda tem espaço de valorização. “Vemos uma continuidade para o desempenho positivo nas ações cíclicas de qualidade, já que as perspectivas de um ambiente regulatório mais leve, apoio da política tributária e recuperação potencial do sentimento devem aumentar após os resultados da semana passada”, avalia o banco.
Últimas em Economia
O Morgan Stanley vê com maior otimismo o setor financeiro, mas avalia que será importante observar a dinâmica do mercado de juros, “embora o movimento até agora tenha sido contido, permitindo que os ‘valuations’ se expandam”.
*Com informações do Valor Econômico