Os principais índices de ações de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira (7), pressionados pelo salto nas expectativas de inflação na pesquisa da Universidade de Michigan e novas promessas de tarifas feitas por Donald Trump nesta tarde.
No fechamento de hoje, o índice Dow Jones caiu 0,99%, aos 44.303,40 pontos, o S&P 500 recuou 0,95%, aos 6.025,99 pontos, e o Nasdaq cedeu 1,36%, aos 19.523,402 pontos. Todos os setores do S&P 500 fecharam no negativo, com consumo discricionário e comunicação liderando as perdas.
Mais cedo, o relatório oficial de empregos dos Estados Unidos (o chamado “payroll“) de janeiro apontou para uma criação de vagas menor do que o esperado, mas a queda no desemprego e a alta de salários acima das expectativas contribuíram para reforçar a percepção no mercado de que o Federal Reserve (Fed) não deve alterar as taxas de juros tão cedo.
“Os dados de emprego de janeiro e as revisões indicam uma mensagem clara: a economia tem ganhado força”, afirma o economista-chefe da consultoria britânica TS Lombard, Steven Blitz. “O cenário, agora, é de crescimento, com a inflação seguindo esse movimento, o que sugere que não haverá cortes de juros pelo Fed em 2025″, ele escreve, em nota.
Em um primeiro momento, os futuros de NY estavam caindo, mas, após a divulgação da pesquisa mais recente da Universidade de Michigan mostrar um salto nas expectativas de inflação para 12 meses, de 3,3% para 4,3%, as bolsas engataram uma queda mais expressiva. Pela tarde, o mal-estar no mercado se agravou, em meio a rumores de que Trump iria comunicar uma tarifa universal sobre produtos importados. Em entrevista coletiva, o presidente disse que anunciaria tarifas recíprocas a outros países na semana que vem.
“Vou anunciar isso na próxima semana (sobre as tarifas), para que sejamos tratados de maneira justa com outros países. Não queremos mais nem menos”, ele afirmou. Isso tem sido defendido com regularidade pelo presidente e acontece enquanto o republicano também sugere que tem planos de implementar uma tarifa global, o que tem sido visto pelo mercado como um risco para a inflação.
*Com informações do Valor Econômico
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