Bolsas de NY fecham em forte queda e encerram uma semana super volátil em Wall Street
Investidores repercutiram a divulgação de resultados de bancos no segundo trimestre
As ações dos EUA caíram nesta sexta-feira (14), encerrando uma semana volátil de negociação, quando a temporada de balanços começou com uma queda no lucro dos grandes bancos. A piora das expectativas de inflação e os temores de que o ciclo agressivo de aumento de juros do Federal Reserve leve a economia a uma recessão também prejudicaram os principais índices.
O Dow Jones caiu 403,89 pontos na sexta (14), ou 1,34%, encerrando o dia em 29.634,83. Ainda assim, o índice subiu 1,15% na semana. O S&P 500 caiu 2,37% na sexta, para 3.583,07 pontos e atingiu seu sétimo fechamento negativo em oito dias. O Nasdaq caiu 3,08%, encerrando a sexta-feira em 10.321,39, pressionado pelas perdas na Tesla e na Lucid Motors, que caíram 7,55% e 8,61%, respectivamente.
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Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq fecharam a semana em baixa, caindo 1,55% e 3,11%, respectivamente. O Dow Jones caiu 1,34%; o S&P 500 perdeu 2,37%; e o Nasdaq fechou em queda de 3,08%.
JPMorgan, Morgan Stanley, Citigroup e Wells Fargo & Co relataram queda no lucro líquido, alegando que os mercados agitados prejudicaram a atividade bancária de investimento e reservaram mais fundos para cobrir a inadimplência.
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Além disso, na Universidade de Michigan, as expectativas de inflação em outubro subiram para 5,1% em 12 meses ante a 4,7% em setembro.
Apesar das notícias ruins, no geral, os balanços corporativos do JPMorgan e do Wells Fargo foram bem recebidos. O JPMorgan registrou lucro e receita acima das expectativas no terceiro trimestre, enquanto o Wells Fargo reportou lucros abaixo do consenso, mas surpreendeu positivamente na receita. O Morgan Stanley, por outro lado, resultados abaixo das estimativas.
Os investidores atribuem os ganhos de ontem a um movimento técnico, e a virada negativa desta sexta-feira parece ser um retorno ao pessimismo esperado, em meio a sinais de que o Federal Reserve (Fed) deve continuar a elevar os juros agressivamente para conter a disparada da inflação.
“Qualquer que seja a razão, os movimentos de ontem do mercado provam mais uma vez que fatores técnicos podem dominar os mercados no curto prazo. Para os investidores, é importante não se deixar levar por estes movimentos, já que a implicação na postura do Federal Reserve é clara: eles continuarão a elevar os juros agressivamente”, diz Mathieu Racheter, estrategista-chefe de ações do Julius Baer, em nota.
Além dos dados de confiança do consumidor, as vendas no varejo dos Estados Unidos se mantiveram estáveis em setembro, em meio ao aumento ainda bastante consistente dos preços no país, o que alimenta os temores de recessão. Segundo dados divulgados mais cedo, as vendas do setor varejista não sofreram alteração, mantendo-se em US$ 684 bilhões, ficando abaixo do projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 0,3%.
“O relatório de hoje de vendas do varejo mostra que os gastos nominais estão estáveis ou um pouco mais altos, mas com a inflação aquecida, o consumo real está fraco”, diz James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota. “As expectativas para o crescimento do PIB precisam ser revisadas ainda mais para baixo e, com o Fed ainda elevando os juros agressivamente, os temores de recessão em 2023 está certamente se intensificando”.