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Bolsas de NY encerram sessão volátil em alta, após comentários de Powell e decisão do BCE
Os índices acionários de Nova York fecharam em alta uma sessão bastante volátil, apesar da elevação de juros agressiva do Banco Central Europeu (BCE) e dos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reiterando a necessidade de continuar elevando os juros rapidamente para controlar a inflação.
Após ajustes, o Dow Jones fechou em alta de 0,61%, a 31.774,52 pontos, depois de oscilar mais de 460 pontos entre a máxima e a mínima intradiária. O S&P 500 subiu 0,66%, a 4.006,18 pontos, e o Nasdaq avançou 0,60%, a 11.862,13 pontos.
As bolsas americanas abriram em queda, mas sofreram fortes oscilações ao longo do dia, enquanto os investidores avaliam as perspectivas para a política monetária do Fed após os comentários de hoje de Powell.
O presidente do Fed reiterou que o BC americano não pode afrouxar a política monetária cedo demais, para garantir que as expectativas de inflação não se normalizem em níveis mais elevados. Powell disse que uma lição aprendida durante os esforços do Fed para controlar a inflação nos anos 1980 foi de que, quanto mais elevadas ficam as expectativas de inflação, maiores ficam os custos sociais e econômicos para controlar os preços. Ele disse, no entanto, que as evidências sugerem que as expectativas de inflação de longo prazo ainda estão “firmemente” ancoradas em 2%, ainda que, no curto prazo, elas estejam subindo.
“Não há nada nos comentários de Powell que sugira uma moderação iminente no ritmo de alta dos juros”, diz James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota. “Os dados recentes certamente apoiam o argumento a favor de mais uma alta de 0,75 p.p., com o mercado de trabalho continuando a criar empregos em números significativos e os números de inflação da semana que vem provavelmente indicando uma aceleração do núcleo do CPI de 5,9% para 6,1%. Além disso, o terceiro trimestre está indicando que será bem forte, revertendo todas as perdas do PIB no primeiro semestre”.
Já na Europa, o BCE elevou a sua taxa de juros de referência em 0,75 ponto percentual, de zero para 0,75%, executando a sua maior alta de juros desde 1999. Após o comunicado, a presidente da autoridade do banco central, Christine Lagarde, confirmou que mais altas de juros ainda serão necessárias, sugerindo que novas altas de 0,75 ponto percentual podem ser necessárias.
No recorte setorial, os maiores ganhos ficaram com as ações de saúde (+1,77%) e do setor financeiro (+1,74%), enquanto as ações de serviços de comunicação (-0,44%), consumo básico (-0,17%) e serviços de utilidade pública (-0,12%) fecharam no vermelho, na contramão dos outros oito setores do S&P 500.
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