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Bolsas de NY fecham em alta, ignorando temores sobre desaceleração na China
Os índices acionários de Nova York fecharam a sessão em alta com o otimismo em torno das expectativas de que o Federal Reserve (Fed) reduza o ritmo de alta dos juros compensando os temores sobre a desaceleração da economia chinesa.
Após ajustes, o Dow Jones fechou a sessão em alta de 0,45%, a 33.912,44 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,40%, a 4.297,14 pontos, e o Nasdaq avançou 0,62%, a 13.128,05 pontos.
Os índices acionários americanos fecharam a semana passada em alta após os dados de inflação ao consumidor de julho indicarem que os preços ficaram estáveis na comparação com o mês anterior e desaceleraram a uma alta de 8,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de 9,1% da leitura de junho.
O dado reforça a tese de que o BC americano terá espaço para reduzir o ritmo de alta dos juros já na próxima reunião de política monetária, de setembro, o que ajudou a impulsionar as ações em Wall Street. Com isso, o Nasdaq conseguiu entrar novamente em “bull market” na semana passada, ao acumular ganhos de mais de 20% desde a mínima recente, de 16 de junho.
O otimismo em torno da política monetária americana contrariou uma piora das perspectivas para a segunda maior economia do mundo. De acordo com dados divulgados na madrugada de ontem para hoje, a produção industrial chinesa desacelerou inesperadamente em julho, indicando crescimento de 3,8% em relação a junho, de 3,9% da leitura anterior. Apesar da desaceleração ter sido pequena, o dado contrariou as expectativas de consenso, que eram de recuperação da atividade industrial. Além do dado industrial, as vendas no varejo também desaceleraram, recuando a alta de 2,7% em julho, de 3,1% em julho.
Já o Banco Popular da China (PBoC, o BC chinês) baixou as taxas de juros da linha de crédito de médio prazo (MLF) de um ano e também dos acordos de recompra reversa (repo) de sete dias. “Este é o primeiro corte desde janeiro, e um movimento que indica o ressurgimento do ciclo de queda da economia chinesa”, disse Iris Pang, economista-chefe para a China do ING, em nota.
“Parece que ninguém previa [o corte de juros do PBoC] e isso é bem compreensível. A demanda por crédito não está baixa por causa de juros elevados, mas sim por causa dos lockdowns causados pela covid, as incertezas no mercado imobiliário e o cenário global. Este corte de juros não mudará nada disso”, diz Craig Erlam, analista sênior de mercados da Oanda, em nota.
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