Bolsas de NY fecharam mistas com balanços positivos compensando dados fracos

Os índices acionários de Nova York fecharam sem direção única hoje, pressionados por um lado por dados econômicos fracos e sinais de desgaste de um rali de várias semanas

Pregão na Nasdaq, uma das bolsas dos EUA / Foto: Divulgação
Pregão na Nasdaq, uma das bolsas dos EUA / Foto: Divulgação

Os índices acionários de Nova York fecharam sem direção única hoje, pressionados por um lado por dados econômicos fracos e sinais de desgaste de um rali de várias semanas, mas recebendo suporte, de outro, dos balanços positivos do setor do varejo americano.

Após ajustes, o Dow Jones fechou em alta de 0,71%, a 34.152,01 pontos, recebendo impulso das ações das gigantes americanas do setor do varejo Walmart e Home Depot. O S&P 500 subiu 0,19%, a 4.305,20 pontos, mas o Nasdaq recuou 0,19%, a 13.102,55 pontos, depois de ensaiar uma recuperação durante a tarde.

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Os balanços trimestrais do setor de varejo ajudaram a dar suporte às ações e compensam os temores relacionados à divulgação de dados econômicos fracos. Tanto o Walmart quanto o Home Depot mantiveram as suas perspectivas de lucro estáveis para 2022, mas relataram vendas trimestrais acima das expectativas, aliviando um pouco os temores de que a disparada da inflação tenha afetado muito negativamente a saúde consumidor americano.

A ação do Walmart fechou a sessão em alta de 5,11%, liderando os ganhos no Dow Jones e ajudando o índice de blue chips de Wall Street a liderar os ganhos no pregão. Já a ação do Home Depot subiu 4,06%, perdendo apenas para o Walmart no Dow Jones.

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Entre os dados econômicos, a produção industrial nos EUA indicou alta de 0,6% em julho, na comparação com a leitura o mês anterior, de junho. O dado superou a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 0,3% no período.

“Este relatório dá mais evidências de que o PIB do terceiro trimestre será bom”, diz James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota. “Suspeitamos fortemente que os gastos do consumidor serão elevados pelo fluxo de caixa liberado pelo tombo nos preços da gasolina e ganhos decentes do mercado de trabalho”, explica o economista, que diz também que um crescimento de 3% do PIB na comparação com o mesmo período do ano passado “está firmemente entre as possibilidades”.

Mas se o varejo e a produção industrial ajudaram a alimentar um certo otimismo em Wall Street, o dado de novas construções residenciais indicou queda de 9,6% em julho, bem acima da expectativa, que era de recuo de 2,5% no período. Ontem, o índice Empire State de atividade industrial do Fed de NY despencou 42 pontos, de +11,1 em julho para -31,3 em agosto.

Na Europa, a taxa de desemprego do Reino Unido subiu para 3,8% no trimestre encerrado em junho, mas ficou em linha com as expectativas de consenso. O relatório revela, porém, que a demanda por contratações está caindo, o que pode indicar uma fraqueza maior da economia britânica à frente. Na Alemanha, o índice de expectativa econômica do Instituto Zew recuou a -55,3 pontos em agosto, de -53,8 pontos da leitura anterior, de julho, na sua pior leitura desde a crise financeira.

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