Bolsas de NY operam em queda e seguem em vias de fechar trimestre com perdas
Com oito dos onze setores do S&P 500 operando hoje em terreno negativo, as maiores perdas da sessão ficam com as ações dos setores de tecnologia
Os índices acionários de Nova York operam em queda no começo da sessão desta quinta-feira e seguem em vias de fechar um trimestre bastante volátil em tom negativo, apesar de terem revertido uma parte significativa do tombo sofrido entre o fim de fevereiro e o começo de março, quando foram pressionadas pelo começo da invasão da Ucrânia.
O índice amplo de Wall Street, o S&P 500, chegou a acumular perdas de mais de 13% entre o pico alcançado em janeiro e o começo de março, mas conseguiu subir cerca de 10% em relação à mínima, entrando e depois saindo do território de correção no trimestre. Já o Nasdaq chegou a acumular perdas de mais de 20% em relação ao pico no começo de março – entrando em “bear market” -, mas segue em vias de terminar o trimestre com perdas bem mais moderadas, de cerca de 8%.
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Correção e “bear market” são dois níveis técnicos acompanhados pelos investidores que normalmente indicam tendência de queda e são definidos por quedas superiores a 10% e 20% em relação aos picos recentes, respectivamente.
Hoje, o Nasdaq opera em queda de 0,46%, a 14.375,92 pontos, enquanto o S&P 500 recua 0,38%, a 4.584,44 pontos, e o Dow Jones cai 0,58%, a 35.024,27 pontos, mas seguem ainda positivos no acumulado da semana. As ações saltaram nas duas primeiras sessões da semana, com sinais de progresso das negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, mas vêm devolvendo ganhos com a falta de mais notícias positivas.
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Com oito dos onze setores do S&P 500 operando hoje em terreno negativo, as maiores perdas da sessão ficam com as ações dos setores de tecnologia (-0,70%) e de consumo discricionário (-0,68%), que ainda assim seguem em vias de fechar a semana com ganhos significativos, de quase 2%.
Já o setor de energia opera em queda de 0,11%, pressionado por nova queda dos preços do petróleo hoje, após o anúncio da Casa Branca de que os EUA devem liberar um fluxo constante de petróleo de seus estoques ao longo de alguns meses, caso os preços do petróleo permaneçam elevados.
“Parece mais um esforço conjunto e mais significativo, que pode ter um pouco mais de peso”, disse James Athey, gerente de investimentos da Abrdn. A notícia sobre a intenção de Washington veio antes da reunião mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), que decidiu aumentar a expansão mensal de sua produção para 432 mil barris diários, dos 400 mil barris anteriores.
O contrato do petróleo Brent para junho – a referência global da commodity – operava há pouco em queda de 3,30%, a US$ 107,76 por barril, enquanto o do WTI americano para maio recua 3,86%, a US$ 103,66 por barril.