Bolsas europeias fecham em queda após dados de emprego nos EUA

sessão foi marcada pela baixa liquidez por causa do feriado no Reino Unido, que mantém os mercados em Londres fechados desde quinta-feira (2)

Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)
Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)

As bolsas europeias fecharam em queda hoje, contaminadas pelo sinal negativo vindo de Nova York, após dados econômicos nos Estados Unidos e na zona do euro reforçarem as apostas de uma resposta mais rígida por parte do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE). Ainda assim, a sessão foi marcada pela baixa liquidez por causa do feriado no Reino Unido, que mantém os mercados em Londres fechados desde ontem.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 encerrou em queda de 0,26%, aos 440.09 pontos, acumulando perdas de 0,87% na semana, no maior declínio semanal desde o início de maio. Nas bolsas, Paris fechou em baixa de 0,23%, aos 6.485 pontos, enquanto Frankfurt cedeu 0,17%, aos 14.460 pontos.

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Os investidores reagiram aos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA (payroll), que mostraram a criação de mais vagas que o esperado em maio, sugerindo que os aumentos nas taxas de juros pelo Fed tendem a continuar. “Não há nada no payroll para impedir o plano do Fed de dois aumentos de 0,50 ponto porcentual (pp) nas reuniões de junho e julho”, afirmam os economistas do ING, em nota.

Havia a expectativa de que dados de emprego significativamente mais fracos do que o previsto iriam reavivar a especulação de que o Fed poderia desacelerar seus planos de aumentar as taxas de juros agressivamente, lembra a analista da Swissquote Ipek Ozkardeskaya, em nota, ponderando que tais previsões eram prematuras.

Uma vez que o payroll fortaleceu as expectativas de um aperto agressivo da política monetária pelo Fed, isso também pode significar um ritmo mais rápido de aumentos de juros pelo BCE. Ainda mais porque os investidores já estavam preocupados com as perspectivas econômicas na região, já que a inflação não mostra sinais de diminuir antes da reunião de política monetária do BCE na próxima semana.

“Números salgados” sobre a inflação ao produtor e ao consumidor na zona do euro divulgados nesta semana ofuscaram os dados fracos sobre a atividade na região, reforçando as apostas de que o BCE precisará aumentar as taxas mais rapidamente do que o previsto. A previsão é de que na semana que vem o BCE confirme os planos de concluir o programa de compra de ativos e de iniciar o aumento das taxas de juros em julho.

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