Bolsonaro diz que Petrobras vai anunciar redução de preços de combustíveis

Presidente afirma que haverá uma série de reduções a partir desta semana

Presidente Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
Presidente Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ao site Poder360 neste domingo que a Petrobras começará a anunciar diminuição no preço dos combustíveis a partir desta semana. Ele não deu detalhes sobre quanto será o percentual de redução, mas explicou que a queda no preço deve seguir por algumas semanas. A Petrobras, procurada pela reportagem do Poder360, disse que não iria se pronunciar.

“A Petrobras começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível”, afirmou em entrevista ao site Poder360.

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A alta de preços dos combustíveis vem sendo um dos principais motores da inflação, que já ultrapassou os dois dígitos o acumulado em 12 meses e é um problemas econômicos enfrentados pela gestão Bolsonaro.

Além de afetar a popularidade do presidente, a inflação também tem causado insatisfação entre prefeitos. Eles reclamam que estão sendo pressionados a reajustar os valores das tarifas do transporte público. Por isso, solicitam auxílio financeiro do governo federal.

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Outro grupo fortemente afetado pela alta de preços dos combustíveis é o dos caminhoneiros. Base de apoio de Bolsonaro, a categoria vem organizando, porém, manifestações contra a política de preços da Petrobras e a falta de ação do governo federal para conter a inflação.

Pressionado, Bolsonaro chegou a anunciar um auxílio de R$ 400 para a categoria, que viria do espaço aberto no teto pela PEC dos Precatórios, aprovada no Senado na semana passada.

O presidente também vem respondendo às críticas pelas altas dos combustíveis atacando governadores e a própria Petrobras. Em relação aos primeiros, costuma afirmar que os altos preços são consequência dos impostos estaduais, em particular do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“Eu não reajustei, mantive congelado desde 2019, o valor do PIS/Cofins, que é o imposto federal. Os governadores mantiveram o percentual, que varia de acordo com o valor na bomba. E mais que dobraram o valor arrecadado com o ICMS. Querem criticar, critiquem. Mas a pessoa certa”, disse ainda ao site neste domingo.

Recentemente, Bolsonaro também passou a atacar a Petrobras, afirmando que não tem controle sobre a empresa e disse que estava discutindo com o ministro Paulo Guedes (Economia) uma “solução”.

“É uma empresa que não tenho domínio sobre ela, tem seu aparelhamento. Ela busca o lucro. Tivemos problema sério, no passado, além da corrupção, com a questão da paridade com preço internacional. Estamos buscando rever essa questão”, disse Bolsonaro nas últimas semanas.

“Ela entrega a gasolina a R$ 2,30 o litro. Chega a R$ 7 no final da linha. É um assunto que sempre procuro debater com a sociedade para demonstrar onde está o problema”, afirmou ainda o mandatário.

Por outro lado, em audiência no Senado, há dez dias, o presidente da empresa, general Joaquim Silva e Luna, disse que “não é correto” atribuir à Petrobras o aumento nos preços dos combustíveis.

“A Petrobras reajusta o preço desses combustíveis observando estas variáveis: mercado externo, mercado interno, como eles se comportam, observamos praticamente três grandes mercados –os Estados Unidos, a Europa e a Ásia– a competição entre produtores e importadores, e a variação do preço no mercado mundial”, argumentou.

De acordo com o presidente da empresa, nos últimos sete meses, a estatal ficou 95 dias sem alterar o preço do GLP; 85 sem aumentar o valor do diesel; e 56 dias sem elevar o da gasolina. Ele ainda afirmou que os 15 reajustes feitos pela empresa resultaram em 38 altas para os consumidores.

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