Cade aprova sem restrições compra do controle do Alfa pelo Safra

O negócio foi estimado em R$ 1 bilhão

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
Foto: Paulo Whitaker/Reuters

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, sem restrições, a compra do controle do conglomerado financeiro Alfa pelo banco Safra, um negócio de R$ 1,03 bilhão. Caso nenhum conselheiro ou terceiro interessado questione o negócio ao Tribunal, a operação será considerada liberada pela autarquia.

O parecer da Superintendência Geral foi proferido em 06 de janeiro e publicado hoje no Diário Oficial. A operação foi feita por meio de acordo entre o Safra e a Administradora Fortaleza, das herdeiras do banqueiro Aloysio Faria, para a transferência da totalidade das ações que a holding detém no conglomerado. e logo o negócio começou a ser analisado pelo Cade.

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A SG concluiu que as estimativas de market share (participação) conjunto dos bancos em todos os mercados horizontalmente sobrepostos e verticalmente integrados situam-se abaixo de 20% e de 30%, respectivamente. Por isso, a Superintendência considera que a operação não tem o condão de acarretar prejuízos ao ambiente concorrencial.

A família Faria tinha 64,8% do capital do Alfa Banco de Investimento. Outros acionistas relevantes são o fundo Alaska, com 12,6%, e Mário Slerca Junior, com 7%.

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O negócio reforça a atuação do Safra em duas frentes. Uma delas é o lado de atendimento a empresas, banco de investimentos e gestão de fortunas representada pelo banco Alfa. A outra é o varejo, já que a financeira do Alfa oferece crédito consignado, financiamento automotivo e outras linhas.

Contexto

O Alfa Banco de Investimento é a operação mais relevante no negócio. O banco tem cerca de R$ 24,5 bilhões em ativos e uma carteira de crédito de mais de R$ 9 bilhões. O Safra contabiliza R$ 270 bilhões em ativos e um volume de recursos administrados de R$ 300 bilhões.

O Valor noticiou em setembro de 2022 que as cinco filhas de Faria, morto em 2020, haviam contratado assessores para vender os maiores negócios do grupo: o Banco Alfa, a rede de materiais de construção C&C e a Agropalma, de óleo de palma. Nenhuma das herdeiras atua no dia a dia dos negócios. O Alfa havia despertado o interesse de vários bancos, como BTG Pactual, Master, Daycoval, BR Partners e Inter.

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