Caged registra saldo líquido de emprego formal positivo de 278.639 vagas em agosto
Mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas
O Brasil criou um saldo positivo de 278.639 empregos com carteira em agosto, diz governo, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Ministério do Trabalho. Em julho, foram abertas 221.345 vagas, número com ajuste.
O resultado do mês passado decorreu de 2,051 milhões de admissões e 1,773 milhão de demissões. Em agosto do ano passado, houve abertura de 388.267 vagas com carteira assinada.
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O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas, segundo projeções do serviço Broadcast, do Estado de S. Paulo. As projeções eram de abertura líquida de 210 mil a 370.840 vagas, com mediana positiva de 269,350 mil postos formais de trabalho.
Acumulado do ano
No acumulado de janeiro a agosto, o saldo do Caged já é positivo em 1,853 milhão de vagas.
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Nos oito primeiros meses do ano passado, houve criação líquida de 2,173 milhões de postos formais.
Setores
A abertura líquida de 278.639 vagas de trabalho com carteira assinada em agosto no Caged foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 141.113 postos formais. Em seguida veio a indústria geral, que abriu 52.760 vagas.
Já o comércio teve saldo positivo de 41.886 vagas em agosto, enquanto houve um saldo de 35.156 contratações líquidas na construção.
Na agropecuária, foram criadas 7.724 vagas no mês.
Unidades da Federação
No oitavo mês do ano, todas as 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo novamente, com a abertura de 74.973 postos de trabalho.
Já o menor saldo foi o do Piauí, que registrou a criação de 831 vagas em agosto.
Salário médio
O salário médio de admissão subiu em agosto pela terceira vez consecutiva e atingiu R$ 1.949,84. O de desligamento ficou em média em R$ 1.991,34.
“O terceiro mês seguido de alta do salário médio de admissão mostra o processo contínuo da retomada da economia e queda do desemprego”, disse o subsecretário de Estudos e Estatísticas do Trabalho, Felipe Pateo. As condições de contratação estão melhorando, acrescentou.
Ele acrescentou que a expectativa é de números positivos na indústria até o fim do ano, especialmente na fabricação de açúcar e álcool, em função da safra, e na fabricação de calçados de couro.