Campos Neto: Preocupação dos investidores ainda é a inflação global

Presidente do Banco Central voltou a mencionar as preocupações com o crescimento da dívida global em meio a um ambiente de juros mais altos por mais tempo

Os núcleos de inflação, embora estejam caindo em velocidade mais lenta em relação ao índice geral, estão convergindo para a meta dos banco centrais em grande parte dos países, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante almoço empresarial do Lide. Segundo o dirigente, “agora estamos na última milha [da desinflação global] e vemos números convergindo em alguns casos”.

O presidente do BC explicou que “apesar de a inflação [global] ter caído muito [desde o ano passado], os patamares ainda estão acima da média dos últimos anos”. Mas, acrescentou, “lembrando que grande parte dos países estão fazendo a convergência [para a meta dos BCs]”.

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Nos EUA, Campos Neto afirmou que o mercado tem precificado uma ou duas quedas de juros no ano. “Hoje temos [precificado no mercado] que pode cair em setembro ou em dezembro, mas quando a gente olha o apreçamento em torno de seis meses, a expectativa é de um recuo de 24 pontos-base, ou seja, perto de uma queda.”

Ele voltou a mencionar as preocupações com o crescimento da dívida global em meio a um ambiente de juros mais altos por mais tempo. Segundo Campos Neto, EUA, Japão e Europa representam dois terços da dívida mundial.

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“O endividamento [das três regiões] aumentou 25% do PIB durante a pandemia, mas se antes custava 1% para rolar, agora custa 3%. Ou seja, aumentou 25% e multiplicou o custo por três.”

Na visão do dirigente, a projeção para a dívida americana é de um crescimento para 160% do PIB nos próximos anos. “Esse processo drena liquidez do mercado”, ponderou.

Com informações do Valor Econômico

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