Campos Neto vai ao Senado explicar juros e erro no fluxo cambial

O presidente do Banco Central deve comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no próximo dia 4

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), confirmou a ida de Roberto Campos Neto ao Senado no próximo dia 4. Segundo o senador, o acordo para o comparecimento do presidente do Banco Central ocorreu em um jantar no mês passado. O parlamentar destacou que o economista sempre se mostrou à disposição do colegiado, tanto que enviou um secretário para a reunião da CAE com o objetivo de alinhar a data.

“Todas as vezes que a gente convidou ele para a CAE e outras comissões ele sempre se mostrou muito solícito. Tivemos o jantar e eu comuniquei que estaria apresentando o requerimento e ele se mostrou tranquilo. Ficou decidido o dia 4, será a primeira reunião de abril e só não foi antes devido à reunião do Copom”, disse o senador.

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Segundo Cardoso, as críticas à gestão de Campos Neto já diminuíram consideravelmente. Ele descarta a revisão da autonomia do Banco Central, mas acredita que o presidente tem pontos a explicar.

“O pessoal já entendeu a importância que foi a aprovação da independência do Banco Central e não tem como retroceder em relação a isso. Agora, precisa ter um entendimento. Eu sou muito de analisar os números e isso quem vai apresentar é ele. Ele vai explicar e tirar as dúvidas para que o povo também entenda o porquê de o juros permanecer em 13,75%”, afirmou o parlamentar.

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Erro no fluxo cambial

Na ida ao Senado, o presidente do BC não irá falar apenas da taxa de juros. Em outro requerimento aprovado na reunião da CAE, de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), Campos Neto terá de explicar o erro de R$ 14,5 bilhões na compilação dos dados do fluxo cambial cometido pela autoridade monetária.

Em janeiro, a autoridade monetária anunciou uma revisão extraordinária do mercado de câmbio contratado de outubro de 2021 até dezembro de 2022. Com a revisão, o dado no ano passado passou do ingresso de cerca de US$ 9 bilhões de dólares para a saída de mais de US$ 3 bilhões.

O BC atribuiu o erro a uma falha na compilação das estatísticas.

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