Censo: Analfabetismo maior entre indígenas aparece em todas as faixas etárias

O analfabetismo no Brasil é bem maior entre os indígenas que na população residente como um todo e o fenômeno aparece em todas as faixas etárias, mostram os dados do estudo “Censo 2022: Indígenas – Alfabetização, registros de nascimentos e características dos domicílios”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Da população brasileira de […]

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O analfabetismo no Brasil é bem maior entre os indígenas que na população residente como um todo e o fenômeno aparece em todas as faixas etárias, mostram os dados do estudo “Censo 2022: Indígenas – Alfabetização, registros de nascimentos e características dos domicílios”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Da população brasileira de 15 anos ou mais, 7% não sabiam ler e escrever em 2022, quase um terço da taxa de 20,3% na população que vivia em terras indígenas oficialmente demarcadas. Isso significa que dois a cada dez indígenas que moram em territórios indígenas são analfabetos. Na população indígena como um todo – grupo que reúne os que vivem em terras demarcadas e fora delas –, a taxa é um pouco menor, de 15,1%.

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As desigualdades aparecem em todas as faixas etárias, seguindo a mesma tendência observada na população brasileira como um todo de índices maiores de analfabetismo entre as pessoas mais velhas. O fenômeno reflete o melhor acesso à educação hoje que no passado.

No grupo de 15 a 17 anos, essa taxa é de 1,6% na população brasileira, de 5,5% na população indígena e de 8,7% nos que vivem em terras indígenas. Na outra ponta, no grupo de 65 anos ou mais, quase 70% (67,9%) dos que vivem em terras indígenas são analfabetos, parcela mais de três vezes superior aos 20,3% da população como um todo nessa faixa etária. Na média da população indígena a taxa é de 42,9%.

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Apesar da permanência das desigualdades, as informações dos censos demográficos mostram redução do analfabetismo quando se compara os anos de 2022 com os de 2010. Naquele ano, a taxa média de analfabetismo era de 9,6% na população brasileira, 23,4% na média da população indígena e de 32,3% entre os que viviam em territórios delimitados de forma legal.

“Os indicadores mostram uma trajetória de melhoria dos índices, mas ainda permanecem muitas disparidades”, afirma o geógrafo Fernando Damasco, ligado à coordenação de Estruturas Territoriais do IBGE.

No estudo, o instituto aponta que o aumento do analfabetismo com o aumento de idade é mais acentuado na população indígena. Até os 34 anos de idade, a diferença entre a taxa de alfabetização – proporção daqueles que sabem ler e escrever – da população residente e da população indígena é inferior a 5,21 pontos percentuais nos diferentes grupos de idade analisados.

Nas faixas etárias seguintes, essa diferença se amplia de forma acentuada e chega a 10,47 pontos percentuais de diferença no grupo de 45 a 49 anos de idade e 22,63 pontos percentuais de distância no grupo de 65 anos ou mais de idade. Os números mostram o maior acesso a oportunidades educacionais das gerações mais novas.

*Com informações do Valor Econômico

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