CEOs de serviços financeiros acreditam que não ficarão no cargo por mais de 5 anos

A 28ª Global CEO Survey revela que 76% dos CEOs de serviços financeiros no Brasil esperam deixar seus cargos em cinco anos. A pressão por resultados de curto e longo prazo leva à alta rotatividade. Apesar da adoção da inteligência artificial generativa, apenas 32% reportaram aumento na lucratividade, mas 71% permanecem otimistas para o futuro.

Em um cenário de profundas transformações no setor de serviços financeiros, 76% dos CEOs da área no Brasil acreditam que permanecerão em seus cargos por no máximo cinco anos, mostra o recorte setorial da 28ª Global CEO Survey, da PwC, divulgado nesta terça-feira. O percentual fica acima da média do país, de 61%, e da média global dos líderes do setor financeiro, de 56%.

De acordo com a consultoria, isso mostra o contraste entre a necessidade de enfrentar desafios de longo prazo e a alta rotatividade no comando. “De um lado, há pressão para se reinventar os modelos de negócio pensando no longo prazo, mas também há pressão para entrega de resultados de curto prazo”, diz Lindomar Schmoller, sócio e líder da indústria de serviços financeiros na PwC Brasil.

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Ao todo, 11% dos CEOs de serviços financeiros do Brasil afirmaram que esperam ficar menos de um ano no cargo. Outros 11% citaram um prazo de um a dois anos e 54% falaram em algo entre três e cinco anos.

Ao todo, a pesquisa ouviu mais de 4,7 mil líderes empresariais em mais de 100 países, incluindo o Brasil, de outubro ao início de novembro de 2024. Os dados divulgados nesta terça-feira referem-se ao recorte feito para o setor financeiro e mostram que o segmento tem realizado uma série de ações de reinvenção nos últimos anos, como busca por uma nova base de clientes, desenvolvimento de produtos e investimento em novas estratégias de crescimento.

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Inteligência artificial generativa

Uma das tecnologias de destaque nesse processo é a inteligência artificial (IA) generativa. Apesar disso, os dados da pesquisa mostram que, embora a tecnologia já esteja sendo usada em larga escala no setor, o percentual de CEOs de serviços financeiros no Brasil que relataram um aumento na lucratividade em 2024 devido à IA generativa foi de apenas 32%, muito abaixo da expectativa verificada no levantamento do ano passado, de 71%.

A nova pesquisa, no entanto, mostra que os líderes do setor permanecem otimistas: novamente, 71% esperam que a IA generativa impulsione a lucratividade de suas empresas nos próximos 12 meses, percentual bem acima da média nacional, de 61%.

“Já se percebe um aumento de eficiência pelo uso da tecnologia. Agora, o impacto na lucratividade deve vir mais no médio prazo”, diz Schmoller. No país, 59% dos líderes do setor dizem que a IA generativa resultou em ganhos de eficiência.

*Com informações do Valor Econômico

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