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Ceron: Para alcançar déficit primário de 1% governo tomará outras medidas ‘se necessário’
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou hoje em coletiva do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, feito pelo Ministério do Planejamento, que, “se necessário, outras medidas serão anunciadas” para que o governo federal alcance déficit primário de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Segundo ele, em um cenário de arrecadação “acima de R$ 50 bilhões” previsto pelo Ministério da Fazenda, com as mudanças em subvenções e empoçamento de recursos na casa dos R$ 30 bilhões, seria possível alcançar déficit primário de 0,5% do PIB neste ano. O secretário também afirmou que “não houve reversão de medidas” de ajuste fiscal adotadas até aqui, mas sim “alguns atrasos”.
Rogério Ceron também afirmou que “nada foi alterado de forma substancial no substitutivo” do projeto do arcabouço fiscal, previsto para ser votado nesta quarta-feira pela Câmara dos Deputados. Ele lembrou que a nova regra propõe “limite para [o crescimento da] despesa pública”, de alta real de 2,5% ao ano contra alta média nas últimas décadas, sempre em termos reais, de 6% ao ano.
“Há muito o que percorrer, mas o caminho está na direção correta”, disse.
Receitas baixas não tornam ‘arcabouço’ inexecutável, diz Ceron
Ceron comentou que “o fato de [eventualmente] ter frustração de receita não quer dizer que o arcabouço não será executado”.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, repetiu hoje que, apesar da alta na projeção para o déficit primário este ano, agora estimado em R$ 136 bilhões, o governo buscará limitar o rombo nas contas públicas a 0,5% do PIB, conforme anunciado na divulgação do arcabouço fiscal.
Nesse sentido, disse que há quase R$ 50 bilhões de superávit primário, formado ao longo dos primeiros quatro meses deste ano (dado divulgado no Relatório do Tesouro Nacional), que serão consumidos até o fim deste ano.
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