Ceron: Deveríamos debater pacto da sociedade pelo atingimento do grau de investimento
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, defendeu a realização de um “pacto” entre os três Poderes e a sociedade para que o Brasil recupere o grau de investimento concedido pelas agências de classificação de risco.A afirmação foi feita ao comentar a elevação da nota soberana do país realizada nesta semana pela Moody’s. A classificação, […]
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, defendeu a realização de um “pacto” entre os três Poderes e a sociedade para que o Brasil recupere o grau de investimento concedido pelas agências de classificação de risco.
A afirmação foi feita ao comentar a elevação da nota soberana do país realizada nesta semana pela Moody’s. A classificação, que ainda tem perspectiva positiva, deixou o Brasil a um nível do grau de investimento calculado pela agência.
Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita
Leia mais:
- Por que a Moody’s deixou o Brasil a um passo do grau de investimento
- Risco Brasil tem forte queda após elevação de rating pela Moody’s
- Elevação de rating do Brasil pela Moody’s vai na contramão do que trajetória da dívida sinaliza, diz Kawall
- Moody’s eleva ratings de 23 instituições financeiras do Brasil
- Moody’s priorizou crescimento, mas fiscal vai se mostrar cada vez mais desafiador, diz XP Asset
“Deveríamos debater um pacto da sociedade pelo atingimento do grau de investimento, chegou o momento”, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (03), no Ministério da Fazenda, para comentar o Resultado do Tesouro Nacional (RTN) referente a agosto, divulgado mais cedo pela pasta. “Estamos muito próximos para o país perder essa oportunidade.”
Últimas em Economia
Ceron disse que o “Brasil só conseguiu chegar aqui graça a um pacto entre Poderes e compreensão da sociedade”. Por isso, defendeu a intensificação desse pacto, traçando três possíveis cenários, dependendo do nível de comprometimento com esse acordo: o mais otimista, em que o grau de investimento viria já em 2025; o segundo, em que o grau de investimento viria em 2026, mas trazendo benefícios para a economia brasileira já em 2025, por meio da “antecipação de fluxo” de recursos para o país, por exemplo; e um terceiro em que o Brasil não daria o “meio passo” que falta para atingir o grau de investimento, mantendo a situação atual.
Esse pacto, de acordo com o secretário do Tesouro Nacional, envolve “tão somente” o cumprimento do arcabouço fiscal e que o crescimento das despesas obrigatórias fique em linha com o próprio arcabouço. Mas ele também destacou a importância de medidas “pontuais” que levem à “eliminação de ruídos”, como políticas públicas realizadas fora do regramento fiscal.
*Com informações do Valor Econômico