China pode retomar crescimento de 4% a 4,5% até 2030, diz economista-chefe da Bloomberg
País asiático pode retomar crescimento de 4% a 4,5% até 2030, avalia o economista-chefe da Bloomberg, Tom Orlik
Apesar dos desafios atuais da China, como os impactos da política de “covid zero”, a crise de seu mercado imobiliário, o país asiático pode retomar crescimento de 4% a 4,5% até 2030, avalia o economista-chefe da Bloomberg, Tom Orlik. Entretanto, ele pondera que vários cenários podem afetar essa projeção.
Para Orlik, grande espaço para desenvolvimento da China, tamanho da economia e inteligência governamental devem propiciar esse crescimento após superada a necessidade da política de covid zero.
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Segundo o economista, os desafios atuais enfrentados pela China tornam difícil enxergar de onde pode vir o crescimento do país no curto prazo. Ele diz que ainda é otimista quando se olha o médio e longo prazos. Para ele, um dos fatores que pode ajudar é o espaço ainda grande de desenvolvimento da China ao mesmo tempo em que a economia chinesa é enorme, com capacidade de aplicar uma tecnologia em produção em grande escala, o que permite produtos competitivos.
Nos últimos 14 anos, diz ele, a China e seu governo foram formidáveis em utilizar essa escala enorme para alavancar a China em termos de desenvolvimento. A expectativa, diz o economista, é que uma vez superada a fase de covid zero, o governo chinês volte a focar nisso.
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Para Arthur Kroeber, diretor de Pesquisa da GavekalDragonomcis, uma preocupação em relação ao crescimento chinês no longo prazo é que as estratégias de Pequim baseiam-se fortemente em políticas industriais, provavelmente seguindo a lógica de que é preciso identificar os alvos corretos de investimentos nas indústrias de alta tecnologia. E dentro dessa política, prossegue Kroeber, a ideia seria criar uma porção de empresas que irão gerar muito lucro e crescimento de produtividade, resolvendo todos os problemas econômicos, o que diminuiria a necessidade de reduzir o papel do Estado no setor econômico e rever as questões fiscais.
As considerações foram feitas em evento promovido na manhã de hoje pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).