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China prorroga lockdown em Xangai contra surto de covid-19
Autoridades de Xangai decidiram nesta segunda-feira (4) manter um lockdown decretado no último dia 28 de março para conter o mais grave surto de covid-19 já enfrentado pela China desde o início da pandemia.
Após a realização de um programa de testagem em massa dos 26 milhões de habitantes da cidade, o governo de Xangai decidiu prorrogar o confinamento, previsto inicialmente para ser suspenso na terça-feira (5).
Em um comunicado divulgado na rede social WeChat, as autoridades disseram que decidiram manter as medidas de combate ao vírus, mas não deram um novo prazo para suspender o confinamento, o maior implementado pela China em mais de dois anos.
Xangai decretou um lockdown de duas fases, primeiro confinando parte leste da cidade. Na última sexta-feira, a medida foi ampliada para a metade oeste do principal centro financeiro da China.
Para reforçar a resposta ao vírus, a China enviou militares e milhares de profissionais de saúde à cidade e ajudar no programa de testagem em massa, parte da estratégia de “covid zero” adotada por Pequim.
Nas últimas 24 horas, Xangai registrou 8.581 casos assintomáticos de covid-19 e 425 sintomáticos. Embora os números sejam pequenos em relação a outros países, este é o pior surto enfrentado pela China desde a descoberta do vírus em Wuhan.
Analistas já começaram a rebaixar suas previsões para o crescimento da China na semana passada e alertaram para a possibilidade de novos cortes caso Pequim decidisse prorrogar o lockdown em Xangai por mais tempo.
Para tentar minimizar o impacto das restrições, Xangai autorizou que algumas empresas continuassem funcionando, desde que elas adotassem sistemas de “circuito fechado” semelhantes ao usado pela China para realizar os Jogos Olímpicos de Inverno.
A estratégia faz parte dos esforços das autoridades para também limitar as consequências para as cadeias de suprimentos globais, dependentes em parte da produção das empresas que estão instaladas em Xangai.
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