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Quatro sinais de que o ciclo de queda da Selic acabou, segundo o JPMorgan
O JPMorgan elevou de 10% para 10,50% a expectativa para os juros no Brasil. Ou seja, o banco norte-americano considera que o atual ciclo de queda da Selic no Brasil acabou.
Acima de tudo, o pessimismo é explicado pelo racha entre os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copm).
Na visão do JPMorgan, a ata da reunião da semana passada mostrou uma divergência “um pouco mais profunda” entre os membros.
Em outras palavras, prevaleceu a maioria que defendeu reduzir o passo e derrubar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,50%.
Nesse sentido, saiu derrotada a ala que queria manter o combinado no encontro anterior e baixar os juros em 0,50 ponto percentual.
Selic não vai cair mais
Diante do Copom dividido, o JPMorgan tirou do radar a chance de uma nova queda da Selic.
Então, pelo relatório do banco americano, destacamos quatro sinais que explicam a piora das expectativas.
Sem direção
“A ata do Copom torna muito mais difícil a avaliação dos próximos passos do Banco Central, em nossa opinião.
Uma vez que ainda não está claro qual é a opinião da maioria para a reunião de junho e para quais fatores os membros do Copom são mais sensíveis.”
Inflação desancorada
“No entanto, considerando que as expectativas de inflação no médio prazo parecem estar aumentando, pelo menos no curto prazo, assumimos que o ciclo de flexibilização será interrompido na próxima reunião.
(Portanto) com a taxa Selic para 10,50%, em vez dos dois cortes adicionais de 25 pontos base que tivemos antes.”
Dependência de dados
“Depois da próxima reunião, a visibilidade fica muito mais reduzida.
Vemos que o Banco Central esperará até que haja mais certeza sobre a tendência de desinflação global e menor desequilíbrios internos.”
Melhora de cenário
“Em suma, dado este tom mais agressivo, parece-nos que aqueles que votaram a favor de um corte de 25 pontos base na semana passada serão obrigados a interromper o ciclo de flexibilização na próxima reunião.
Isso se não tivermos um melhoria quer na incerteza global (uma convergência mais rápida da inflação nas economias centrais e uma reavaliação dos cortes nas taxas) quer nos fatores locais que travaram o recente aumento da expectativas de inflação a médio prazo.”
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