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Mega-Sena de R$ 120 milhões: saiba como cuidar bem de um prêmio milionário
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Planejadora financeira recomenda racionalidade antes de tudo
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Direcionamento inicial é estimar o valor para atender todos os sonhos e desejos
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O passo seguinte é pensar como proteger e multiplicar a fortuna
A Caixa Econômica Federal realiza nesta terça-feira (31) o concurso 2.486 da Mega-Sena, com um prêmio estimado em R$ 120 milhões. Trata-se do primeiro dos três sorteios previstos para ocorrer durante a Mega-Semana Milionária. O próximo será na quinta-feira e o último no sábado.
O sorteio desta terça está marcado para às 20h no Espaço da Sorte, em São Paulo. Haverá transmissão ao vivo pelas redes sociais da instituição.
As apostas da Mega-Sena podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio nas casas lotéricas credenciadas, pela internet ou no aplicativo da loteria. O palpite mínimo custa R$ 4,50.
Mega-Semana
A Mega-Sena estabeleceu um calendário com oito sorteios extras em 2022, nas Mega-Semanas. Confira abaixo a programação:
Como cuidar bem de um prêmio milionário
O prêmio previsto para o sorteio de hoje é de R$ 120 milhões para as apostas que acertarem as seis dezenas. Com essa bolada, dá para tocar a vida sem se preocupar com inflação, juros altos ou os rumos da economia do país e do mundo. A ansiedade certamente será por como começar a gastar essa montanha de dinheiro.
Compras de imóveis, de carros, viagens de luxo e ajudar amigos e parentes devem estar na lista de prioridades da pessoa de sorte (ou as pessoas, já que o prêmio pode ter mais de um ganhador por meio de diferentes apostas ou bolões). O alerta é que o prêmio milionário passa a sensação de dinheiro infinito – e isso pode ser um portal para uma série de decisões equivocadas com potencial para detonar o capital.
Como ninguém quer ficar conhecido como “o ganhador da Mega que perdeu tudo”, a planejadora financeira Annalisa Blando, fundadora e CEO da gestora de patrimônios ParMais, recomenda racionalidade antes de tudo.
“A primeira conversa, no sentido de que muda o padrão de vida, é saber o que essa pessoa gostaria de ter e organizar o que cabe e o que não cabe”, diz. “Porque conforme você vai adquirindo muitas coisas, elas aumentam muito as despesas. Um avião, por exemplo, custa não só o valor do bem, mas a manutenção dele é caríssima”, explica a especialista.
Como fazer isso? Um direcionamento inicial é estimar o valor para atender todos os sonhos e desejos. “Essas informações são essenciais para calcularmos quanto ficaria para manter todos esses bens e apontar o tempo que levaria para o dinheiro acabar”, acrescenta Annalisa Blando. Até a forma como ajudar os outros precisa ser considerada.
“Quem vai pagar pelos custos posteriores de um bem muito caro?”, indaga. “Então, em vez de dar uma casa de mil metros quadrados, o ideal seria um imóvel de 200 metros quadrados, que vai ter uma manutenção mais barata no longo prazo”, argumenta a CEO da ParMais.
As outras etapas
Superada a fase do consumo, o passo seguinte é pensar como proteger e multiplicar a fortuna, principalmente via investimentos. Aqui a gente imagina que a pessoa pode até procurar uma agência convencional da Caixa para resgatar os milhões da loteria. A perspectiva, no entanto, é que ela, no intuito de aproveitar o prêmio, passe a contar com um atendimento mais exclusivo na gestão do capital e tomada de decisões. Alguém que vai atender as demandas ou responder dúvidas seja o horário que for.
Uma boa bússola para saber como os ricos estão ampliando o rendimento do seu dinheiro é observar o levantamento divulgado a cada mês pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) do segmento private, que reúne clientes com, pelo menos, R$ 3 milhões em aplicações.
Considerando os dados até janeiro, o estudo mostra que o total dos investimentos superou R$ 1,7 trilhão, sendo que os fundos de investimento concentram a maior base de recursos (42,7%), com R$ 768 bilhões sob gestão. A composição da carteira dos milionários tem ainda uma alocação de 25,5% na renda variável – ou R$ 458 bilhões investidos principalmente em ações. Os ativos de renda fixa concentram 21,% (ou R$ 386 bilhões) das aplicações.
“Sempre tem que montar uma reserva, mas aí não é aquela de segurança, para bancar alguns meses. Pode montar de princípio uma carteira bem conservadora e com liquidez na renda fixa, para ter uma renda suficiente para manter por anos o padrão de vida que foi estabelecido anteriormente”, avalia Annalisa Blando.
“Em seguida, com o excedente, pode buscar ganho de capital, com investimento no exterior, multimercado, ações e o que estiver dentro dos objetivos de vida da pessoa”, acrescenta. “Se tiver o apoio de um gerente ou gestor, o ideal é fazer reuniões com frequência para acompanhar o comportamento e a evolução do patrimônio.
Além disso, quem ganha muito dinheiro repentinamente acaba sendo alvo frequente de ofertas de negócios, de aproveitadores, que podem provocar grandes perdas”, completa a planejadora financeira.
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