Como fazer financiamento imobiliário após mudanças da Caixa? Confira dicas práticas

Empréstimo com recursos do FGTS e a consulta das condições em bancos privados são algumas alternativas

Prédio em construção na cidade de São Paulo Foto: Fabrizio Toniolo/Inteligência Financeira
Prédio em construção na cidade de São Paulo Foto: Fabrizio Toniolo/Inteligência Financeira

Mudanças da Caixa Econômica Federal na semana passada deixaram muitas pessoas se perguntando como fazer financiamento imobiliário.

A Inteligência Financeira antecipou semana passada que o banco federal diminuirá o teto de financiamento pelo SBPE, que usa recursos da caderneta de poupança.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Na prática, quem planeja comprar imóvel com valor de R$ 350 mil a R$ 1,5 milhão precisará pagar mais à vista para conseguir o empréstimo.

A mudança atinge, portanto, famílias com renda mensal acima de R$ 8 mil e até R$ 16 mil, em média.

Últimas em Economia

Dicas do que fazer após mudanças da Caixa

Segundo profissionais do financiamento imobiliário, as mudanças provocaram uma corrida à Caixa, com pessoas tentando garantir um empréstimo pelos parâmetros anteriores.

No entanto, especialistas recomendam que os candidatos à compra de imóvel considerem alternativas antes de tomar uma decisão e se arrependerem depois.

Segundo a consultora imobiliária Daniele Akamines, uma delas é avaliar o possível enquadramento no sistema pró-cotista, que usa financiamento com recursos do FGTS e juros menores.

Para ter acesso a essa linha, o tomador do empréstimo precisa:

  • Contribuir para o FGTS há pelo menos 36 meses;
  • Não ter imóvel em seu nome;
  • Abrir mão da portabilidade, ou seja, da possibilidade de transferir o financiamento para outro banco.

Confira o passo a passo de instruções para financiamento no site da própria Caixa.

Um outro caminho possível é buscar o crédito em outros bancos que continuem aceitando financiar até 80% do valor do imóvel.

São os casos de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11), disse ela.

Neste caso, porém, o tomador deve ter renda maior, já que os juros são mais altos do que na Caixa, o que resulta em prestações também superiores (confira simulação abaixo).

Funcionários públicos, por outro lado, costumam ter condições privilegiadas de financiamento no Banco do Brasil (BBAS3), disse Daniele.

Por fim, o tomador ainda pode conseguir o crédito na Caixa Econômica pelos parâmetros anteriores se a construção do imóvel desejado for financiado pelo banco federal.

Simulação da casa própria

De acordo com Daniele, na compra de um imóvel de R$ 500 mil pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) na Caixa no parâmetro anterior, o tomador pagaria R$ 100 mil à vista, contratando um financiamento imobiliário dos outros R$ 400 mil para um período de 360 meses.

Neste caso, a renda mínima mensal do tomador teria de ser de R$ 14.780.

Com as novas métricas, tomando como o base o mesmo valor do imóvel e o financiamento de 80% do montante e prazos num banco privado, a renda precisa ser de ao menos R$ 15.638,77.

Isso usando o sistema SAC, no qual o valor das prestações é cadente ao longo do tempo.

No sistema Price, disponível no BB, o mesmo financiamento de R$ 400 mil em 30 anos exige renda mínima de R$ 13.348.

Há, por fim, alguns bancos que oferecem financiamento em até 35 anos (420 meses).

“Mas não vale a pena, porque a diferença da prestação é muito pequena”, disse ela.

O que mudou no financiamento da Caixa Econômica

A Caixa Econômica avisou na semana passada que vai reduzir o valor financiável da casa própria.

No caso da tabela SAC, aquela em que os valores das prestações são cadentes, o teto de financiamento pela Caixa cairá de 80% para 70%.

Já nos financiamentos pela tabela Price (em que as prestações têm valor constante), a Caixa reduziu o teto de financiamento de 70% para 50% do valor do imóvel.

As mudanças não atingem o financiamento por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Mas neste caso, o solicitante deve ter renda familiar mensal de até R$ 8 mil.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS