FGV: Confiança do consumidor sobe no trimestre impulsionada por quem tem renda menor

Dado da FGV é referente ao trimestre móvel que acaba em outubro; no mês, a confiança recuou 1,5 ponto

Movimentação de consumidores na Rua 25 de Março, tradicional ponto de comércio popular no centro da capital paulista (Foto: Adeleke Anthony Fote/TheNews2/Agência O Globo)
Movimentação de consumidores na Rua 25 de Março, tradicional ponto de comércio popular no centro da capital paulista (Foto: Adeleke Anthony Fote/TheNews2/Agência O Globo)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) recuou 0,4 ponto em outubro, para 88,6 pontos.

Na métrica de médias móveis trimestrais, influenciado pela alta nos quatro meses anteriores, o índice continua avançando, desta vez em 3,0 pontos, para 87,1 pontos.

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“Após quatro meses de alta, a confiança dos consumidores se acomoda em patamar próximo ao período pré pandemia. O resultado apresenta uma mudança de comportamento observado até o momento: com melhora das avaliações sobre o momento atual influenciada pelos consumidores de menor poder aquisitivo e uma revisão das expectativas para os próximos meses dos consumidores com maior poder aquisitivo”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do FGV Ibre, em comentário no relatório.

Segundo a instituição, a acomodação do ICC em outubro foi influenciada pela piora das expectativas em relação próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) recuou 1,5 ponto, para 98,7 pontos, após quatro altas consecutivas.

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Deflação e auxílios

“É possível que esse resultado esteja sendo influenciado pelo efeito das transferências de renda, redução da inflação pelo terceiro mês consecutivo e crescimento dos postos de trabalho. Apesar do resultado mais favorável para as classes de renda mais baixa, o endividamento das famílias e as taxas de juros mais elevadas limitam uma recuperação mais robusta”, explica Viviane Bittencourt.

O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto, para 74,5 pontos, maior nível desde março de 2020 (76,1 pontos), embora ainda continue baixo em termos históricos.

Em relação aos indicadores que medem a satisfação dos consumidores com a situação corrente, há uma percepção de melhora da situação econômica geral.

O indicador deste quesito subiu 0,8 ponto, para 83,1 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020 (85,5 pontos). Já a avaliação sobre a situação financeira da família avançou 1,6 ponto, para 66,5 pontos, nível ainda extremamente baixo.

Confiança no futuro

Entre os quesitos relacionados a expectativas, o quesito que mais contribuiu para a queda no mês foi o que mede o otimismo das famílias com a evolução da situação financeira nos próximos seis meses, cujo indicador recuou 2,7 pontos, para 98,1 pontos, após acumular alta de 19,5 pontos nos quatro meses anteriores.

O indicador que mede o grau de otimismo com a situação econômica geral acomodou-se no nível de 115,2 pontos ao recuar 0,2 ponto.

Após acumular 16,7 pontos nos três últimos meses, a intenção de compra de bens duráveis caiu 1,4 ponto, levando o indicador para 83,0 pontos. Apesar da queda, o indicador continua próximo ao patamar observado em julho de 2019.

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