Confiança do consumidor sobe em setembro, mas situação financeira das famílias sinaliza cautela, diz FGV

Pela quarta vez consecutiva, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou, com alta de 0,5 ponto em setembro, para 93,7 pontos, informou nesta terça-feira (24) a Fundação Getulio Vargas (FGV). No entanto, Anna Carolina Gouveia, economista da fundação responsável pelo indicador, classificou a alta como “sem força”. Além disso, alertou que, mesmo com saldo […]

Mudanças no site e redes sociais apresentam novo posicionamento, e trazem conteúdo focado na jornada individual do investidor
Mudanças no site e redes sociais apresentam novo posicionamento, e trazem conteúdo focado na jornada individual do investidor

Pela quarta vez consecutiva, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou, com alta de 0,5 ponto em setembro, para 93,7 pontos, informou nesta terça-feira (24) a Fundação Getulio Vargas (FGV). No entanto, Anna Carolina Gouveia, economista da fundação responsável pelo indicador, classificou a alta como “sem força”. Além disso, alertou que, mesmo com saldo positivo na confiança do consumidor, as respostas sobre situação financeira das famílias, um dos tópicos usados na Sondagem do Consumidor – cujo ICC é indicador-síntese – sinalizam cautela na trajetória de confiança do consumidor, para próximos meses.

A técnica pontuou que o aumento observado em setembro, no ICC, foi basicamente puxado por expectativas, e não por melhora em momento presente do consumidor. Isso é perceptível na evolução dos dois sub-indicadores componentes do ICC. Enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,2 ponto, para 81,7 pontos, o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,8 ponto, para 102,2 pontos.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

“Foi uma alta modesta”, comentou a especialista. “Tanto em agosto quanto em setembro as altas do ICC foram bem modestas” disse, a lembrar que o indicador subiu apenas 0,3 ponto no mês passado. “E, enquanto isso, o indicador de situação financeira das famílias está na terceira queda consecutiva [em setembro]”, alertou.

A especialista se refere ao indicador que, na prática, apura percepção sobre as finanças pessoais das famílias. Esse tópico, dentro da sondagem, recuou pelo terceiro mês seguido, agora em 0,8 ponto, para 69,9 pontos – menor nível desde maio deste ano (69,3 pontos).

Últimas em Economia

No entendimento dela, as finanças pessoais são vistas com preocupação pelo consumidor. Mesmo com mercado de trabalho bom, e inflação controlada, o nível de endividamento das famílias ainda permanece expressivo. “Isso [o endividamento] representa uma parcela grande do orçamento das famílias, e gera uma visão pessimista”, disse.

A economista pontuou também que as despesas no cartão de crédito são um dos endividamentos que colocam, no consumidor, um sentimento “desconfortável” em relação a suas finanças pessoais.

Gouveia destacou que mesmo com as altas o ICC se mantém distante dos 100 pontos, quadrante favorável do índice. Para a especialista, o consumidor precisa “de um incentivo um pouco maior” para melhorar confiança de forma sustentável, além de bons indicadores de emprego e de inflação. Algo que possa melhorar, de forma real, a situação financeira das famílias, o que não aconteceu ainda.

*Com informações do Valor Econômico

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS