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Confiança do consumidor tem terceira queda seguida e atinge menor valor desde abril
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), caiu 1,4 ponto em novembro, para 74,9 pontos – em uma escala de zero a 200 pontos. O resultado é o menor valor desde abril, quando o indicador ficou em 72,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice manteve o viés de baixa ao perder 2,3 pontos, para 75,5 pontos – sendo o terceiro mês consecutivo de queda.
“A confiança dos consumidores voltou a apresentar resultado negativo. Apesar do avanço da vacinação, suas consequências favoráveis na redução de casos e mortes e flexibilização das medidas restritivas, o aumento da incerteza econômica diante de uma inflação elevada, política monetária restritiva e maior endividamento das famílias de baixa renda tornam a situação ainda desconfortável e as perspectivas ainda cheias de ameaças”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens.
Em novembro, o ICC foi influenciado por piora tanto na avaliação da situação corrente quanto das expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 2,1 pontos, para 66,9 pontos; enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,0 ponto, para 81,4 pontos. A avaliação negativa dos consumidores sobre o momento foi puxada por uma deterioração da situação econômica local e das finanças da famílias. Com relação às perspectivas para os próximos meses, o que pesou foi a percepção de que o panorama para o orçamento doméstico continuará desfavorável. Já o ímpeto de compras para próximos meses caiu pela terceira vez seguida, 1,1 ponto, para 66,4 pontos.
A análise por faixa de renda revela piora da confiança para todos os grupos, com exceção das famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, cujo ICC vem apresentando comportamento de acomodação pelo segundo mês consecutivo. A faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 registrou o pior desempenho com queda de 6,7 pontos, para 66,3 pontos.
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